Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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O Teatro no Oprimido nas pesquisas em Ciências da Saúde no Brasil
Emanuella Cajado Joca, Glaucilândia Perreira Nunes, Maria Rocineide Ferreira da Silva, Katherine Jeronimo Lima, Fátima Café Ribeiro dos Santos

Última alteração: 2018-06-05

Resumo


Apresenta-se aqui uma pesquisa bibliográfica realizada em banco de dissertações e teses. O objetivo principal foi identificar quais trabalhos são do campo das ciências da saúde e que envolvem o Teatro do Oprimido. Este se caracteriza como um método artístico-teatral com dimensões sociais, terapêuticas e educativas desenvolvida pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal. Rodrigues (2013) aponta que no Brasil foi na década de 1990 quando ocorreram às primeiras proposições com Teatro do Oprimido no campo das políticas de saúde, nesse momento em contextos hospitalares manicomiais. A inserção do Teatro do Oprimido na saúde está para completar trinta (30) anos. Foi nos anos 2000, com a efetivação da Política Nacional de Saúde Mental brasileira (DEVERA; COSTA-ROSA, 2008) que o Ministério da Saúde apoiou, através da coordenadoria de saúde mental, o Centro de Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro (CTO-RJ) a formar trabalhadores da saúde (Atenção primária e Centros de Atenção Psicossocial - CAPS) no uso dessa metodologia, fortalecendo pontos de redes de atenção distintos (BRASIL, 2007, 2011). Metodologicamente a pesquisa bibliográfica foi realizada no Banco de teses e dissertações da CAPES. A partir de uma busca simples para “Teatro do Oprimido”, em Agosto de 2017, foram apresentados cento e três (103) resultados. Os estudos encontrados contam com sessenta e sete (67) dissertações e vinte e duas (22) teses. Quando analisamos as grandes áreas de conhecimento estão em dez (10), uma das quais é a Ciências da Saúde. Nesta foram encontrados três pesquisas: uma de curso profissionalizante em saúde da família de 2008; outro também de 2008, sendo um doutorado no campo da saúde mental; e por fim uma dissertação de 2005. Todas utilizam o Teatro do Oprimido como estratégica ou ferramenta de pesquisa-intervenção no campo da saúde. Esse estudo revelou o quanto é escasso no Brasil o estudo acerca do Teatro do Oprimido e do pensamento de Boal nas ciências da saúde. O que sugere a necessidade de ampliação de estudos que fundamentem a teoria e a prática com Teatro do Oprimido em intersecção com as práticas de saúde, já que o próprio Boal (2002) coloca que cada território tem suas especificidades. Nesse sentido, consolidando arcabouços teórico e práticos ao uso do Teatro do Oprimido por trabalhadores da saúde.

Palavras-chave


Arte; Ciências da Saúde; Pesquisa.