Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Tamanho da fonte:
TREINAMENTO DE HABILIDADES E ATITUDES ATRAVÉS DO EXAME CLÍNICO OBJETIVO ESTRUTURADO (OSCE) – RELATO DE EXPERIÊNCIA NA DISCIPLINA DE PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE
Última alteração: 2017-12-21
Resumo
Introdução: As provas tradicionais têm como objetivo avaliar a habilidade de memorização e reconhecimento de fatos, mas não a de interpretar informações e aplicá-las no atendimento do paciente. Com o intuito de proporcionar os princípios de um crescimento nos aspectos acadêmicos, principalmente na área da saúde, em 1975, foi criado o Exame Clínico Objetivo e Estruturado (OSCE), que permite, no âmbito acadêmico, aproximar a relação existente entre os conceitos de avaliação e a aprendizagem. Desta maneira, ao ser incorporado como metodologia em diferentes disciplinas, implica treinamento de habilidades e atitudes em relacionamento, vínculo e comunicação, permitindo que a inserção do modelo biopsicossocial seja trabalhada de maneira mais integral possível na Universidade. Nesse contexto, é de relevância para a formação de um corpo de conhecimento bem estruturado que o acadêmico de enfermagem tenha a oportunidade de desenvolver atividades, com enfoque nas relações interpessoais. Objetivo: Relatar a experiência obtida a partir do treino de habilidades e atitudes por meio do método OSCE, na disciplina de Psicologia Aplicada à Saúde. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, no qual se refere ao método OSCE na referida disciplina, desenvolvido no segundo semestre de 2017, por acadêmicos do 4° período do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a fim de avaliar as competências técnicas e de comunicação obtidas durante as aulas. Resultados: A metodologia foi aplicada com uma turma composta por 30 estudantes. As atividades foram desenvolvidas no Laboratório de Habilidades e Simulação (LAHSIM) da referida Universidade, o qual está estruturado em seis estações/consultórios. Assim sendo, os acadêmicos foram distribuídos aleatoriamente nas estações, em grupos com seis integrantes, na qual cada estudante passava por duas estações. Foram estimados 10 minutos para o desenvolvimento das atividades, sendo um minuto para à leitura do caso clínico e nove minutos para o desenvolvimento das habilidades e atitudes referentes à conduta do enfermeiro frente ao atendimento de pessoas vítimas de violência, para o reconhecimento das necessidades psicológicas do paciente com doença crônica e suas habilidades frente à neurodiversidade. Cada estação era composta por um acadêmico avaliador, com o intuito de observar as habilidades de raciocínio clínico e tomada de decisões e outro responsável pela encenação do caso, de modo que tanto o avaliador quanto o responsável pela encenação, eram estudantes que já tinham cursado a disciplina em estudo. Após o término da atividade, houve o feedback do professor sobre o desempenho dos alunos, pois, dessa forma, os mesmos tiveram a oportunidade de aprender com suas tentativas de acertos e eventuais erros. Conclusão: Considera-se que o OSCE se mostrou um eficiente método avaliativo no processo de ensino e aprendizagem, pois, as atividades desenvolvidas contribuíram de forma significativa para a complementaridade na formação dos acadêmicos. Também pôde-se perceber que a percepção dos estudantes sobre as competências de comunicação clínica e profissionalismo mostrou-se mais efetiva do que nas avaliações baseadas somente em provas escritas, haja vista que tais habilidades e atitudes permitiram o aprimoramento do atendimento às pessoas baseado no modelo biopsicossocial.
Palavras-chave
Enfermagem; prática profissional; educação em saúde