Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A experiência da Residência Integrada em Saúde Coletiva na Coordenadoria Regional de Saúde II do município de Fortaleza-CE
Aline Luiza de Paulo Evangelista, Rafael Dias de Melo, Lívia Alves Dias Ribeiro, Brena Sales de Mesquita, Luiza de Paula Sousa, Ana Amélia Lima Pequeno, Natali Sales Martins

Última alteração: 2017-12-21

Resumo


Apresentação

A Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará (RIS-ESP/CE) é uma estratégia de Educação Permanente Interprofissional em Saúde e iniciou a sua primeira turma no ano de 2013. Esse programa conta com a ênfase da Residência Integrada em Saúde Coletiva (RISC-ESP/CE). O objetivo da RISC-ESP/CE é formar sanitaristas para atuar frente às necessidades de saúde da população nos diversos momentos do processo saúde-doença, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde, desenvolvendo ações em saúde coletiva, prioritariamente nas redes regionalizadas de atenção à saúde, além de outros níveis hierárquicos institucionais, cenários e práticas do SUS. A quarta turma desta ênfase iniciou em Fortaleza-CE no mês de fevereiro de 2017, adentrando a gestão municipal, mais precisamente a Coordenadoria Regional de Saúde II (Cores II) em junho do mesmo ano. As turmas anteriores não haviam vivenciado o referido serviço. A partir do exposto, o objetivo do presente trabalho baseia-se em descrever a inserção dos profissionais residentes da RISC-ESP/CE na Cores II em Fortaleza-CE.

Desenvolvimento do trabalho

O trabalho é um relato de experiência referente ao período de junho a outubro de 2017. Os quatro profissionais residentes em Saúde Coletiva foram recebidos pela equipe de técnicas responsáveis por pastas (subáreas) da Atenção Primária à Saúde (APS). Pensando na logística de novos profissionais em formação chegando à realidade do serviço repleto de processos de trabalho corriqueiros e desafiadores, foi necessário realizar um rodízio dos profissionais residentes, tendo em vista a melhor apreensão da rotina do serviço e das demandas. Cada profissional residente ficou um período em cada setor, rodiziando e socializando o conhecimento sobre a gestão da APS.

Resultados

Os aspectos positivos foram: aproximação e interação da equipe de residentes junto à gestão municipal, incluindo a participação em reuniões dos gestores das Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS); acompanhamento do processo formativo para os gestores das 111 UAPS do município de Fortaleza; acompanhamento do processo formativo de médicos e enfermeiros para as novas diretrizes e protocolos clínicos para manejo de usuários com a febre chikungunya; acompanhamento conjunto e suporte técnico às equipes da APS participantes do PMAQ; acompanhamento do processo de reterritorialização das UAPS e das pactuações dos atuais desenhos das áreas de adscrição das equipes de saúde da família e apreensão de conceitos e práticas inerentes à gestão de saúde pública. Quanto aos aspectos a serem melhorados: compreensão da equipe técnica acerca do objetivo da RISC-ESP/CE; atuação da equipe de técnicas em conjunto com os residentes devido à sobrecarga de trabalho; necessidade de implementar momentos de avaliação sobre a interação entre os profissionais residentes e as técnicas.

Considerações finais

Entende-se a importância da formação em serviço, através da RISC-ESP/CE, para a gestão em saúde comprometida com o SUS e, na experiência vivenciada, a compreensão sobre a APS. No entanto, faz-se necessário repensar a organização desse processo para maior apreensão dos aspectos formativos. Sugere-se estreitar a relação entre a instituição formadora e a instituição executora, sabendo do fato de ações inovadoras necessitarem de avaliações para qualificação.


Palavras-chave


Educação Permanente; Internato e Residência; Saúde Coletiva.