Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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DE REPENTE, TUTOR DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
Liliane Silva do Nascimento, Flavia Sirotheau Correa Pontes, Helder Antonio Rebelo Pontes, Adalberto Lírio de Nazaré Lopes, Teresa Bordalo de Farias, Andrea Pessoa, Rommel Burbano, Andrea Melo

Última alteração: 2018-01-22

Resumo


APRESENTAÇÃO: os programas de residência multiprofissionais são considerados pela Organização Mundial de Saúde, estratégias inovadoras em que os profissionais são preparados para trabalhar em equipes capazes de desenvolver práticas colaborativas. A figura central é o residente e os mentores de sua formação são chamados de tutores e preceptores. Neste ensaio vamos discutir a formação e atuação do tutor nas atividades da residência.

DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: A residência multiprofissional é reconhecida como curso de Pós-Graduação lato sensu e segue normativas das IES formadoras. A função de tutor caracteriza-se por atividade de orientação acadêmica de preceptores e Residentes. No caso deste trabalho, a reflexão gira em torno do fazer-se docente de instituição federal de ensino e tutor concomitantemente. As atividades da universidade seguem o tripé ensino-pesquisa-extensão. Por vezes docentes compõe também o quadro de programas de pós graduação strito senso, atividade com elevado rigor e métrica nacional baseada na produtividade. Assim, o docente se percebe, tutor de residência, sobrepondo o eixo do tripé de formação, em outro nível, na modalidade lato-senso – residência com total de 5760 horas em 24 meses. Desenvolver um plano de trabalho exequível as realidades as quais os residentes vivenciam, bem como acompanhar o desempenho e qualidade de atividades exige capacidade metodológica, fundamentação teórica, vivencia e articulação com o sistema de saúde e seus gestores. Além de suas funções específicas, os tutores devem participar do planejamento e implementação das atividades de educação permanente em saúde para os preceptores, estimular ações voltadas à qualificação dos serviços e desenvolvimento de novas tecnologias para atenção e gestão em saúde e articular integração entre os diferentes níveis de formação.

RESULTADOS: A falta de recursos provenientes dos Ministérios para alavancar os programas por meio de incentivos financeiros aos colaboradores de todas as instâncias têm se mostrado limitantes na execução da residência multiprofissional. O desafio de ser docente e tutor num sistema de atenção à saúde em construção na perspectiva amazônida, com suas distorções e imperfeições, tem sido enfrentado com sucesso, na dor e na delícia de aprender o exercício real da residência multiprofissional em todo país. Ademais, as RMS são Programas em crescimento no país e estão se consolidando devido ao seu formato de aprendizagem, agregando ensino e serviço, formando profissionais qualificados com foco no trabalho multiprofissional. É mister a responsabilidade dos centros formadores com a instrução dos profissionais da área da saúde, sendo que esse processo deve refletir a realidade social, política e cultural, fundamentados pelos princípios e diretrizes do SUS, para o trabalho no SUS.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Reconhecemos os programas de RMS como estratégia de reorientação da atenção básica, inserindo jovens qualificados no mercado de trabalho, norteados pelos princípios e diretrizes do SUS, a partir de necessidades e realidades locais e regionais, entretanto, incentivos, valorização e reconhecimento institucional pela figura do tutor devem ser debatidas e normatizadas no Brasil.

 


Palavras-chave


residência multiprofissional, integração ensino serviço, formação profissional