Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-01-21
Resumo
Mundialmente, a população carcerária tem aumentado gradualmente ao longo dos últimos anos, no Brasil a população do sistema prisional feminino teve um aumento entre os anos 2000 e 2014 de 567,4%. Atualmente, as mulheres correspondem a 6,2% da população encarcerada no Brasil. Estes dados refletem assim o grande aumento desenfreado de mulheres nesse contexto de vulnerabilidade. O objetivo desse estudo é avaliar o impacto da técnica ART na qualidade de vida das detentas na Penitenciária feminina do Paraná, antes e após a aplicação da técnica do ART. A amostra foi composta por mulheres encarceradas que cumpriam pena na Penitenciária Feminina do Paraná, estado do Sul do Brasil. Foram aplicados dois questionários, o primeiro para coleta de dados sobre variáveis ambientais, que foram: a) dieta; b) uso de drogas ilícitas ou lícitas c) presença de gengivite; d) presença de doença periodontal; e) frequência de higiene bucal (escovação); f) uso de fio dental; e g) esclarecimento prévio em relação às doenças bucais e o segundo foi o questionário OHIP-14, que foi aplicado antes e 90 dias após procedimento de ART. Houve uma diferença estatisticamente significante em três questões: “Você sente dificuldade para comer devido à problemas nos dentes?” (p=0,044); “Você se sente embaraçada devido à problemas com os dentes?” (p=0,000); e “Você sente a vida menos satisfatória devido à problemas com os dentes?” (p=0,005). O ART mostra-se como uma boa opção de tratamento, em situações onde não se tem uma estrutura de consultório, como nos presídios, o presente estudo dentro de suas limitações, conseguiu resultados satisfatórios na melhora da qualidade de vida de detentas, mais estudos devem ser realizados com intuito melhorar a saúde, desta população vulnerável.