Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
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O QUE PRODUZIMOS E PARA QUEM PRODUZIMOS? OS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE RESIDÊNCIAS NO CENTRO DA DISCUSSÃO
Última alteração: 2018-01-15
Resumo
APRESENTAÇÃO: As Residências em Área Profissional de Saúde, excetuada a Médica, surgem oficialmente para os Ministérios da Saúde e da Educação do Brasil a partir da publicação da Lei Nº 11.129 de 30 de junho de 2005 e caracterizam-se enquanto uma modalidade de pós-graduação lato sensu voltada para a formação em serviço, de dedicação exclusiva com carga horária semanal de 60h, totalizando 5760h distribuídas ao longo de dois anos em atividades práticas, teórico-práticas e teóricas. Do total desta carga horária 80% devem ser realizadas com atividades práticas e teórica-práticas e 20% destinada as atividades teóricas. Para obtenção do título de especialista na modalidade Residência em Área Profissional de Saúde é necessário à elaboração, apresentação e aprovação do Trabalho de Conclusão de Residência (TCR). OBJETIVO: Diante disto, este trabalho busca problematizar as dificuldades na elaboração dos TCR’s, apoiadas nas produções teóricas e na legislação vigente; a partir da vivência em Programas de Residência Multiprofissionais em Saúde – PRMS da cidade de João Pessoa/Paraíba. DESENVOLVIMENTO: Percebeu-se com a ampliação dos PRMS que os TCR’s pouco dialogavam ou em nada tinham relação com as atividades desenvolvidas e as problemáticas identificadas pelos profissionais de saúde residentes durante o período de duração do programa de residência tanto pela defasagem de tempo para produção desse material, fragilidade no cumprimento da carga teórica e pela inexistência de material que norteasse essa produção. RESULTADOS: Há um crescente movimento que discute a indispensável articulação entre TCR, experiência dos residentes nos programas de Residência e os dilemas e possibilidades do Sistema Único de Saúde – SUS. O Fórum Nacional de Residentes em Saúde (FNRS), entidade formada e autogerida por Residentes de diferentes localidades do Brasil, aprofundam ainda esta discussão no que diz respeito a outras formas de produção científica, que não apenas artigos e monografias devem ser considerados e possuírem validade científica; bem como, que o residente tenha uma carga horária destinada exclusivamente à elaboração do seu TCR, algo que ainda não é uma realidade em muitos programas de residência. O FNRS questiona ainda a necessidade de um profissional possuir titulação mínima de mestre para orientar essa produção. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebe-se que a discussão que gira em torno do TCR é permeada de condicionantes que devem ser expostos e problematizados na análise, ao passo que destaca a relevância na temática, na dimensão política, social e prática do TCR para os serviços de saúde e programas de RMS.
Palavras-chave
Educação Permanente em Saúde; Internato e Residência; Trabalho de Conclusão de Residência