Apresentação: A incidência de infecção relacionada ao trato urinário nas unidades de terapia intensiva neonatal (UTI-N), ainda continua sendo um grande problema de saúde pública, uma vez que, os neonatos que nascem de mães portadoras de infecção do trato urinário (ITU), evoluem com complicações que comprometem a saúde e/ou a sobrevivência desses neonatos em decorrência de um pré-natal mal assistido. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo descrever a importância da realização de um pré-natal bem assistido para redução de infecção do trato urinário no sentido de evitar complicações para o recém-nascido. Desenvolvimento do trabalho: trata-se um relato de experiência que ocorreu durante uma visita técnica no setor da Unidade de terapia Intensiva Neonatal de um hospital público no município de Santarém-Pa, no período de 10 de novembro de 2017, realizada pelos acadêmicos do 7º período de enfermagem da Universidade Estadual do Oeste do Para (Uepa), através do diálogo com as genitoras dos neonatos que se encontravam internados na UTI-N. Resultados: Foi possível observar que as genitoras dos neonatos internados na UTI-N, possuíam poucas ou nenhuma informação sobre a importância da realização do pré-natal durante a gravidez, no sentindo de evitar possíveis complicações durante o trabalho de parto. Além disso, observou- se também que o número de consultas realizada pelas mães eram menores do que o número de consulta preconizada pelo Ministério da Saúde, devido morarem em comunidades distantes que não dispõem de serviços de pré-natal satisfatório. Isso implica no nascimento de neonatos portadores de infecção, prematuros de parto cesariano complicado, nascido de mãe com histórico de ITU não tratada durante a gravidez. Considerações finais: desse modo, foi evidenciado que o acompanhamento de um pré-natal de qualidade é de grande importância no que tange a saúde da genitora e do neonato, pois com a gravidez a mulher fica mais vulnerável as infecções, e somente por meio das orientações e exames feitos no pré-natal que as gravidas podem evitar complicações, tanto a nível maternal quanto neonatal. E a partir daí reduzir o índice de internação na UTI-N por complicações adquiridas durante a gravidez e consequentemente evitar um parto complicado que evolua com sofrimento fetal e danos à saúde do recém-nascido. Dessa forma, consideramos de fundamental importância um modelo de atenção básica mais eficaz, que trabalhe em conjunto com os agentes comunitários de saúde para que haja busca ativa das gravidas que não realizam pré-natal, assim como, orientar de forma geral a população quanto os benefícios e malefícios da não realização de um pré-natal completo e bem assistido.