Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A TERRITORIALIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE APOIO AO PLANEJAMENTO DE AÇÕES NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE.
Luana Keity Lima Silva, Cássio Marques Ribeiro, Dayanne Holanda Maurício Maia

Última alteração: 2017-12-22

Resumo


A territorialização é uma ferramenta utilizada pela Estratégia Saúde da Família (ESF) para estruturação territorial dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) visando à compreensão atual do processo saúde-doença, apontando que as variáveis biológicas, psíquicas e sociais remetem a necessidade de ações que possa compreender e intervir nas dificuldades que afetam o território. O território é um espaço em permanente construção e reconstrução, no qual seu processo engloba, além de um território solo, território econômico, político, cultural e epidemiológico, configurando uma realidade de saúde sempre em movimento. Por ser um princípio da PNAB, a territorialização possibilita a interação entre profissionais da saúde e comunidade, por meio de visitas domiciliares, reconhecimento de culturas locais, aspectos econômicos, carências, fragilidades e potencialidades, esses são subsídios para inserção de processos e ações a fim de melhorar a ESF. Porventura o objetivo deste estudo consiste na abordagem de aspectos relevantes da territorialização como estratégia de apoio ao planejamento de ações na Unidade Básica de Saúde (UBS). Trata-se de um relato de experiência da equipe de Residência Integrada em Saúde – RIS/ESP/CE, no município de Icapuí, no estado do Ceará, compreendendo o espaço geográfico assistido por quatro Unidades Básicas de Saúde, considerado de grande vulnerabilidade social. Este processo contou com o apoio dos Agentes Comunitários de Saúde (ASC), Gestão e ESF que proporcionaram conhecer os limites do território, por meio de caminhadas, reuniões e discussões. Concomitante, com os usuários e líderes que utilizam a rede de assistência à saúde pertencente às áreas de abrangência da residência, foi realizado “oficinas de territorialização”. Estas contaram com metodologia interativa, no qual os mesmos expressaram e dialogaram sobre os problemas enfrentados, como a falta de acesso, pobreza e baixa assistência. Dentre as potencialidades elencadas, o vínculo com a equipe da ESF, foi um dos mais relatados.  Houve o resgate, da memória dos participantes, de momentos importantes na história da cidade; e por fim, os profissionais residentes, ouviram sugestões para possível melhoria da situação de saúde. Diante desse pressuposto, foi possível confeccionar uma agenda de trabalho dinâmica, com base nas necessidades do território. Conclui-se a partir deste relato que para o bom funcionamento da UBS, a territorialização é indispensável, permitindo assim que a equipe de saúde conheça as condições socioeconômicas e culturais, melhorando a interação com a comunidade, fortalecendo vínculos, promovendo e aprimorando ações de promoção e prevenção de saúde.



Palavras-chave


Territorialização; Estratégia Saúde da família; Residência Integrada em Saúde