Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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(DES)TERRITORIALIZAÇÕES NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: A CARTOGRAFIA NA FORMAÇÃO RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE
Cássio Marques Ribeiro, Antônio Vladimir Félix Silva, Aldilania Pereira Sousa Pereira Sousa, Brena Dielle Anastacio de Sousa Anastacio de Sousa, Jamilia Soares de Farias, Nara Bezerra Custódio Mota, Luis Rocildo Caracas Vieira e Souza, Antonio Charles de Oliveira Nogueira

Última alteração: 2017-12-20

Resumo


A Cartografia está voltada para o acompanhamento de percursos, implicação em processos de produção, conexão de redes ou rizomas, investigação das formar de produção da subjetividade. O ato de Cartografar refere-se à capacidade de criar mapas, mapas moventes, atentando para as linhas que os contornam, enxergando o modo como se processa esse contorno no mundo. Trata-se de analisar as linhas de forças, as tensões, os movimentos que esses territórios mapeados se constituem esse fazer contínuo, sempre em constante mapeamento, mutante. Esta é uma publicação/partilha dos diários cartográficos produzidos na experimentação de devir residente em Saúde da Família - SF, ou seja, um Relato de Experiência, da importância da cartografia na formação Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará – RIS/ESP/CE, na cidade de Tauá, Ênfase Saúde da Família. O cenário de prática da ênfase Saúde da Família e Comunidade, no contexto da RIS, compõe-se por duas Unidades Básicas de Saúde - UBS, nas quais há residentes inseridos em quatro equipes de Estratégia de Saúde da Família - ESF, sendo esse o território que ocupou/materializou esse estudo.  Como objeto desse estudo tomamos a potência da experimentação da cartografia na formação RIS, nossos objetivos - geral: a) cartografar os territórios existenciais e processos de subjetivação que compõe as ESF no cenário de prática ris; específicos: b) caracterizar os territórios existenciais dos usuários  alvos do cuidado em saúde; c) analisar processos de subjetivação dos profissionais da saúde da família. Para isso, foi realizada a territorialização em saúde e a experimentação da construção do Fluxograma Analisador com as equipes de referência SF, apoio a SF e residentes em SF. O fluxograma analisador foi usado como uma ferramenta para questionar os objetivos dos processos de trabalho do serviço, interrogando os “para que”, os “que” e os “como” desses processos, operando na autoanálise e autogestão do trabalho. Já o processo de territorialização consistiu no conhecimento dos determinantes e condicionantes sociais/ambientais/históricos/políticos/econômicos que atravessam a histoória do lugar e das pessoas que habitam determinada área geográfica, os quais influenciam na construção da saúde, bem como os processos de subjetivação aí emaranhados. Os resultados da análise dos processos de subjetivação e caracterização dos territórios existenciais dos residentes, trabalhadores e usuários das ESFs cenário de prática desse estudo apontam para desejos de mundo, expressando linhas de forças da vida molar, maleável e molecular, segmentaridade e singularidade, bem como processos de territorialização e desterritorialização. Permitiu ainda o conhecimendo dos fluxos e processos de trabalho na unidade de saúde, visualizando onde deve haver melhorias para otimizar os processos e oferecer melhor acolhimento/resolutividade das necessidades de saúde dos usuários, bem como os movimentos/momentos de potência de vida dos trabalhadores/profissionais nessa delicada construção do cuidado em saúde.


Palavras-chave


cuidado; cartografia; saúde da família; subjetividade.