Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
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A HUMANIZAÇÃO EM RESPEITO AO PARTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Última alteração: 2017-12-21
Resumo
Apresentação: A Política Nacional de Humanização (PNH), implica em traduzir os princípios do SUS, que orientam as boas práticas de atenção e gestão, a partir das experiências concretas do trabalhador e usuário, construindo um sentido positivo de humanização. O profissional da enfermagem deve ter a competência e conhecimento técnico-cientifico e ético, com maturidade emocional para lidar com este momento sublime da mulher, direcionando seu olhar acolhedor e sensível para ela e para o seu acompanhante, dedicando atenção rigorosa no monitoramento e orientações sobre o trabalho de parto. Dentro desse contexto, o objetivo deste trabalho consiste em descrever a importância da promoção da assistência humanizada ao parto. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, desenvolvido durante a aula prática da disciplina de enfermagem obstétrica em um hospital público, no município de Santarém-Pará, no período de 19 de setembro a 06 de outubro de 2017. Para o desenvolvimento da prática os acadêmicos realizavam o acolhimento das gestantes em trabalho de parto e já estabeleciam um vínculo de confiança com as mesmas e com suas respectivas acompanhantes, nos procedimentos de rotina e no decorrer do atendimento orientavam sobre as posições de escolha no leito e aplicavam massagens de conforto, ficando sempre que possível ao lado das gestantes conversando e tranquilizando-as quanto ao trabalho de parto. Resultados: Através do vínculo criado entre os acadêmicos com as famílias foi possível obter melhora significativa no contexto hospitalar. O relato mais preocupante das gestantes com relação ao seu atendimento foi a cerca do toque vaginal, pois tinham receio quanto ao profissional que executaria o procedimento, sendo essa uma oportunidade para o esclarecimento da sua importância de sua realização; outros gestos que geravam conforto e segurança era o fato dos acadêmicos prezarem pela aparência das gestantes, fazendo tranças em seus cabelos antes do parto, assim como acompanhá-las durante as caminhadas nas proximidades da sala de pré- parto, orientá-las quanto a importância do banho, respiração e concentração na força exercida no abdômen no momento da contração uterina. A assistência foi bem aceita e benéfica para as pacientes e seus familiares desde a entrada até o pós-parto e proporcionou uma melhora significativa em sua autoestima, estado emocional e conforto em relação ao parto normal. Considerações finais: Ao final das aulas práticas percebeu-se o quanto as mães e suas acompanhantes apreciaram a presença da equipe durante todo o processo, sanando as dúvidas que surgiam, realizando massagens relaxantes, aliviando suas dores lombares, gesto, este, tão simples, mas necessário e importante para aquele momento único que antecede o nascimento de seu filho (a). Quanto a primeira experiência dos acadêmicos na ala obstétrica, foram de grande importância, pois, além dos procedimentos praticados, propôs para nossa formação o entendimento sobre a valorização e o respeito à vida humana, e que a humanização é um dever ético para todo profissional de enfermagem.
Palavras-chave
Humanização; enfermagem; parto