Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
Estágio Supervisionado no Serviço Integrado de Diagnóstico Oral e Atendimento a Pacientes Especiais- Relato de Experiência.
Natália da Silva e Silva, Bianca Araújo Siqueira, Cássio Gongalves Pinto, Leida Emília da Paixão Favacho, Erick Nelo Pedreira

Última alteração: 2017-12-26

Resumo


Este trabalho trata-se de um relato de experiência resultante do estágio supervisionado no Serviço Integrado de Diagnóstico Oral e Atendimento a Pacientes Especiais (SIDOPE), o qual é conveniado ao Sistema Único de Saúde. E tem como objetivo relatar o diferencial trazido para a formação acadêmica por conta desta vivência, visto que na odontologia a área de pacientes com necessidades especiais ainda é pouco abordada dentro da graduação. O serviço descrito possui quatro cirurgiãs-dentistas, com as especialidades em Endodontia, Odontopediatria, Ortodontia e Clínica-geral, além da capacitação em Odontologia para pacientes com necessidades especiais. Além das cirurgiãs-dentistas, cinco estagiários acadêmicos de Odontologia da Universidade Federal do Pará que se revezam em escalas, duas Assistentes de Saúde Bucal e uma Técnica em Saúde Bucal. As atividades exercidas pelos estagiários são compostas pelo acolhimento dos pacientes e cuidadores, sendo que antes do atendimento são ministradas palestras sobre saúde bucal, seguido sempre da escovação supervisionada; após, os pacientes são conduzidos para o atendimento ambulatorial onde os estagiários auxiliam as cirurgiãs-dentistas e executam procedimentos, sob supervisão. No primeiro contato com os pacientes é realizada anamnese, com ênfase na história médica e odontológica, além de perguntas subjetivas que variam com a idade e compreensão do paciente, tais como: Passatempo favorito, gosto musical, medos, com a finalidade de individualizar o atendimento; dependendo do estado emocional do paciente são realizados procedimentos não invasivos para iniciar a adaptação ao ambiente e equipe. Nas consultas seguintes dá-se início a resolução das necessidades do paciente, seguindo planos de tratamento específicos para cada um. No período do estágio foi possível observar que diversos fatores podem alterar a rotina da clínica, ou seja, um procedimento menos complexo em um paciente pode requerer maior mobilização da equipe, ao passo que, um de maior complexidade pode decorrer tranquilamente em outro; o comportamento de um mesmo paciente também é variável entre consultas e qualquer intercorrência poderá alterar o seu condicionamento. Sabendo disto, cada dia clínico é planejado de acordo com os procedimentos que serão executados para evitar intercorrências. É importante dizer que não só o campo de necessidades especiais é bastante extenso, já que podem ter origem física, intelectual e social, mas pacientes que possuem o mesmo diagnóstico também diferem entre si, pois cada um possui suas peculiaridades, a melhor forma de serem abordados e possuem tempos de adaptação diferentes, com isso a humanização é imprescindível para o condicionamento do paciente e êxito do tratamento. A experiência com esta área da odontologia agrega ao acadêmico, não somente, carga teórica e prática por conta do risco operacional que estes pacientes implicam, mas principalmente a visão além da técnica e o retorno além do financeiro, à odontologia para pacientes com necessidades especiais possibilita compreender que é necessário uma visão holística, onde se cuida de pessoas respeitando suas condições e limites.