Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Descrição das atribuições dos profissionais médicos na prevenção de eventos adversos a medicamentos em um hospital pediátrico no norte do Brasil
Daniela Sousa, Costa Gabriela Almeida, Sousa Mareny Damasceno, Cardoso Augusto Z. Rodrigo, Kogien Moisés

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


APRESENTAÇÃO: Evento adverso a medicamento (EAM) é todo e qualquer dano ou injúria causado ao paciente após a administração de um medicamento e tem como características o fato de ser evitável, poder ocorrer em qualquer etapa da cadeia medicamentosa e com qualquer profissional envolvido neste processo assistencial. Os EAM destacam-se pela sua frequência e pelos importantes agravos que podem ocasionar à saúde dos pacientes com relevantes e graves repercussões. Atualmente, muito tem sido discutido sobre segurança na utilização de medicamentos e medidas de prevenção de erros/EAM e, enquanto profissionais como enfermeiros e farmacêuticos têm sua atuação melhor definida nesse contexto, a classe médica ainda encontra grande dificuldade em se situar e entender seu relevante papel no processo de segurança medicamentosa. A atuação médica centra-se, principal, mas não exclusivamente, nas etapas de prescrição do medicamento e no monitoramento de seu efeito terapêutico e, ambos esses momentos, são potencialmente críticos para ocorrência de erros devendo, o médico atuar ativamente para mitigar e prevenir seu acontecimento. Nesta linha, esse resumo teve como objetivo descrever as atribuições do profissional médico na prevenção de EAM no cuidado em emergência pediátrica. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo e reflexivo do tipo relato de experiência realizado a partir da vivência de alunos de um curso de especialização em Segurança do Paciente e profissionais de um hospital público pediátrico na elaboração de um protocolo de medicação segura na instituição. Realizou-se revisão de literatura e de documentos ministeriais que orientavam/descreviam o papel do profissional médico na prevenção de EAM. RESULTADOS: Foram estabelecidas e normatizadas as atribuições a serem adotadas por médicos no hospital pediátrico no que tange à prevenção de EAM, a maior parte delas a ser realizada na fase de prescrição do medicamento, considerada a principal etapa de atuação do médico dentro da cadeia medicamentosa. Ficou estabelecido a classificação das prescrições médicas em prescrição de urgência/emergência, pro re nata, baseada em protocolos, padrão e verbal, com definições e orientações de como e quando realizar cada tipo; descreveu-se a necessidade de identificação clara e completa de elementos como: nome do paciente, data da prescrição e nome, assinatura e número do registro profissional do prescritor. Descreveu-se, ainda a importância de indicar cálculos e quantidades dos medicamentos de acordo com o peso da criança e informar a duração do tratamento definindo dose, posologia, diluição, velocidade, tempo de infusão e via de administração. Orientou-se a responsabilidade médica em assegurar a terapia medicamentosa nos pontos de transição do paciente e na prescrição de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Espera-se que com a normatização institucional das atribuições específicas dos profissionais médicos ocorra o fortalecimento da conscientização destes profissionais quanto a sua atuação imprescindível no ato da prescrição e o seu reconhecimento como atores fundamentais na adoção de barreiras de prevenção dos EAM no setor de emergência do hospital pediátrico.


Palavras-chave


Palavras-chave: segurança do paciente; medicina; medicamento.