Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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GERENCIAMENTO DE RESÍDUO PERIGOSO: A PERCEPÇÃO DE RISCO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DE UM MUNICÍPIO RONDONIENSE
Lânderson Laífe Batista Gutierres, Ana Emanuela de Carvalho Chagas, Eduardo Rezende Honda

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


APRESENTAÇÃO. O estudo tem o intuito de permitir um diálogo sobre o gerenciamento do resíduo perigoso (infectante, químico e perfurocortante) em estabelecimento de saúde de urgência e emergência. Os resíduos de saúde são um sério problema para a sociedade e para o meio ambiente devido as suas características patogênicas e/ou tóxicas. Portanto, no que se refere ao gerenciamento desses resíduos, há uma preocupação global, fazendo com que as normativas sejam cada vez mais restritivas a fim de garantir uma disposição final segura e apropriada para esse tipo de resíduo. O objetivo deste é Conhecer quais as percepções de riscos dos profissionais de saúde em seu ambiente de trabalho frente o manejo do resíduo de saúde perigoso. DESENVOLVIMENTO. Estudo realizado no primeiro semestre de 2017, em uma Unidade de Pronto Atendimento 24 horas do Município de Porto Velho, Rondônia. Participaram 72 profissionais de saúde com idades entre 26 e 55 anos, sendo a média e DP= 38,1±8,5. Utilizou-se de instrumento semi-estruturado voltado ao gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS), obedecendo recomendações do Programa Nacional de Resíduo Sólido, Agencia Nacional de Vigilância Sanitária e do Conselho Nacional de Meio Ambiente. Foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Núcleo de Saúde da Universidade Federal de Rondônia. RESULTADOS. A UPA gera uma variedade de 28 tipos de RSS entre perigosos e não perigosos, desses 39,28% são biológicos; 25,00% químicos e 17,85% são perfurocortante e comum, respectivamente. Não foi identificada a produção de resíduo radioativo na unidade. Sobre a oferta dos EPIs, 89% disseram que a unidade oferece e quanto ao uso 82% disseram usar sempre. Mais de 85% dos profissionais disseram usar luvas de procedimentos e máscara cirúrgica. 38% informaram também o uso de jaleco e gorro. Todos afirmaram que o seu trabalho possui riscos. 100% afirmaram risco biológico, 22% riscos com perfurocortantes contaminados, 11% risco psicológico (estresse), 14% riscos químicos e 1% risco radioativo. Quanto às práticas de orientação sobre o processo de manejo e riscos dos RSS 53% afirmaram nunca ter recebido na unidade, 13% dizem já ter sido orientado, 29% informaram não saber/não lembrar e 6% preferiram não responder. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Os profissionais de saúde da UPA, mesmo não conhecendo sobre o processo de gerenciamento de RSS, não receberem orientação ou terem educação continuada, tinham noção que os principais riscos que corriam em seu ambiente de trabalho são acidente/contaminação com materiais de risco biológico, químico e perfurocortante. Com o estudo percebeu se a necessidade de prover a capacitação e o treinamento inicial e de forma contínua para o pessoal em serviço e envolvido no gerenciamento de resíduos como forma de tentar evitar ou reduzir os riscos em seu ambiente de trabalho.


Palavras-chave


Resíduo infectante; Urgência e emergência; Educação continuada.