Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Consumo de plantas medicinais entre mulheres que trabalham como agentes comunitários de saúde nas comunidades ribeirinhas de Coari-amazonas.
Mariana Paula da Silva, Ananias Facundes Guimarães, Victor Linec Maciel Barbaosa, Paula Andreza Viana Lima, Rodrigo Damasceno Costa, Jéssica Karoline Alves Portugal, Marcelo Henrique da Silva Reis, Abel Santiago Muri Gama

Última alteração: 2018-01-21

Resumo


Apresentação: O Agente Comunitário de Saúde (ACS) tem um papel importante no acolhimento e reconhecimento dos problemas de saúde da população, pois faz parte da comunidade. Desta forma, a troca de experiências entre ACS e a comunidade ao qual ele é membro, pode propiciar contribuições principalmente em medidas terapêuticas para o tratamento e prevenção de doenças, dentre as quais, incluem o uso de plantas medicinais. A utilização de plantas medicinais é uma das mais antigas medidas terapêuticas da humanidade. Por serem naturais e de baixo custo, são largamente utilizadas como alternativa por populações de baixo nível educacional e poder aquisitivo, ou associadas com práticas religiosas e culturais, mesmo carecendo de explicações sobre sua ação farmacológica e consequentemente indicação apropriada por profissional habilitado. Estudos apontam que o consumo de plantas medicinais por mulheres é mais frequente em relação aos homens, pois as mulheres costumam gerir a saúde de seus familiares e estão envolvidas em atividades domésticas, o que facilita o cultivo e uso de plantas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi descrever o consumo de plantas medicinais entre mulheres que trabalham como agente comunitário de saúde nas comunidades ribeirinhas de Coari-Amazonas. Desenvolvimento do trabalho: Estudo transversal que faz parte de um projeto maior, intitulado “Saúde e práticas terapêuticas entre Agentes Comunitários de Saúde do município de Coari – Amazonas”. Participaram da pesquisa 111 ACS da zona rural e utilizado um instrumento de coleta de dados previamente elaborado, com questionários composto por questões socioeconômicas, demográficas e de consumo de plantas medicinais. A coleta de dados foi realizada entre os meses de outubro e novembro de 2017, durante as reuniões mensais de entrega de produção. Resultados: Dentre os 111 entrevistados, 53 eram do sexo feminino com idade entre 25 a 60 anos e 28 (52,8%) delas consumiram plantas medicinais de diferentes espécies nos 30 dias anteriores as entrevistas. O estudo apontou que cerca de 51% consumiram mais de 3 plantas medicinais. Entre as plantas mais frequentes destaca-se o capim santo (Cymbopogon citratus) com 13,6% de consumo, erva cidreira (Melissa officinalis) com 8,5% e o boldo (Vernonia condensata) com 6,8% de uso. 70% das entrevistadas usam as folhas das plantas e 90% como forma de preparo usam o chá.  Considerações Finais: Os resultados obtidos permitiram concluir que o consumo de plantas medicinais pelas mulheres é comum e os chás são usados com maior frequência para cura ou prevenção de doenças. Isto pode esta relativo ao difícil acesso aos serviços de saúde ou a tendência tradicional em que mulheres tendem a dominar melhor o conhecimento sobre remédios e plantas específicos a tratar problemas específicos de seu sexo ou ainda de tradições que são herdados de seus familiares que detêm maior conhecimento em relação a utilização de plantas medicinais.


Palavras-chave


Saúde da mulher; Plantas medicinais; Agente Comunitário de Saúde