Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Cartilha educativa para a orientação de enfermeiros sobre o uso de plantas medicinais como recurso de autocuidado em idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM)
Daniela Trindade Sousa, Cleber Pereira da Silva, Cleiry Simone Moreira da Silva, Aline Lima Pestana Magalhães

Última alteração: 2017-12-20

Resumo


APRESENTAÇÃO: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) são um problema de saúde pública atualmente, principalmente entre idosos, com repercussões sociais e econômicas. Além da terapêutica medicamentosa tradicional ofertada pela Rede de Atenção à Saúde (RAS), é comum, entre esta população, o uso de recursos de autoatenção, como por exemplo, as plantas medicinais. A utilização deste recurso no serviço público brasileiro cresceu significativamente nos últimos anos, principalmente após a publicação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos em 2006. Com o advento dessa prática é crucial aos profissionais de saúde, sobretudo, o enfermeiro o conhecimento das plantas medicinais utilizados pela comunidade onde atua e desenvolva métodos de orientação para o bom uso deste recurso.  Neste contexto, a educação em saúde destes profissionais é a base da construção de um caminho no processo de construção das escolhas dos modelos de atenção (método farmacêutico, plantas medicinais). Este estudo teve como objetivo a construção de um material educativo em formato de cartilha, contendo informações relevantes e de forma breve sobre o uso de plantas medicinais em idosos portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM). DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Tratou-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado a partir da vivência em um curso de especialização em linhas de cuidado em doenças crônicas realizado no norte do país. Realizou-se revisão de literatura e de documentos oficiais que orientavam/descreviam o papel do profissional enfermeiro em consultas de enfermagem na rede atenção básica em consonância com os programas assistenciais em HAS, DM e plantas medicinais e fitoterápicos. Além destas informações, houve a coleta de ilustrações de fontes fidedignas para a edição e diagramação da cartilha.  RESULTADOS: produziu-se uma cartilha sobre o uso popular de plantas medicinais como recurso de autoatenção por idosos portadores de HAS e DM com foco em orientação na atuação do profissional enfermeiro, contextualizando o uso deste recurso por idosos do município de Boa Vista, capital do estado de Roraima. Esta tecnologia leve-dura tem por finalidade a sincronia entre o modelo de autoatenção e a terapia medicamentosa tradicional ofertada pela RAS em DCNTs, sendo considerada uma ferramenta de educação em saúde sanitária para o enfrentamento destes agravos. Dentre as plantas mais utilizadas destacou-se Lippia alba (erva cidreira), Cymbopogon citratus (capim santo), Allium (alho), Bauhinia forficata (pata de vaca) e Morindacitrifolia (noni). Os elementos contemplados na cartilha foram: nome científico da planta, nome popular, ações farmacológicas, efeitos adversos, interações, formas de uso e modos de preparo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: espera-se que este recurso educativo motive os enfermeiros para uma abordagem holística, que contemple o uso deste recurso popular durante as consultas, investigando a associação com medicamentos receitado pelo médico/enfermeiro, como adquirem, as formas de preparo e consumo entre outras variáveis a fim de melhor conduzir o tratamento convencional com o recurso complementar integrativo de saúde, proporcionando o empoderamento do profissional enfermeiro para a abordagem/orientação segura destes usuários que utilizam a planta medicinal como recurso de autocuidado para o controle da DCNTs na rede de atenção básica de saúde.


Palavras-chave


plantas medicinais, idosos, enfermagem.