Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
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INSTRUMENTALIZAÇÃO DOS PROFESSORES PARA ORIENTAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE CONTINUADA
Última alteração: 2018-03-21
Resumo
No Brasil o início das atividades sexuais é cada vez mais precoce, e está ligada ao sexo desprotegido. Esta precocidade pode acarretar consequências graves para a saúde dos adolescentes e jovens. A discussão sobre a inclusão da temática da sexualidade no currículo das escolas de ensino fundamental e médio ocorre desde os anos 70, porém só se intensificou com o advento do HIV/AIDS e o número crescente de gravidez indesejada na adolescência. A escola é local privilegiado para a educação sexual de adolescentes, entretanto, os professores encontram desafios para desenvolver esta atividade. Os professores apontam a carência de materiais didáticos e a falta de capacitação como dificuldades. Este projeto teve como objetivo instrumentalizar os professores para orientação sexual na escola, Sensibilizando os mesmo quanto a impotência no desenvolvimento de atividades educativas contínuas sobre orientação sexual com os alunos. Trata-se de um relato de experiência acerca do projeto de extensão do Instituto Esperança de Ensino Superior-IESPES que foi desenvolvido na Escola Municipal de educação infantil e fundamental Professora Rosilda Wanghon, localizada Rodovia Santarém Curuá Uma KM 17 na Comunidade de Perema. A escola atende a 305 alunos matriculados no ensino infantil e Fundamental, também atende a 3ª etapa para educação de jovens e adultos, conta com um quantitativo de 18 professores, 4 homens e 14 mulheres, no período de fevereiro a outubro de 2016. Discutiu-se com os professores temas que poderão ser abordados no ambiente escolar, através apresentações de palestras e rodas de conversas, com acadêmicas do curso de Enfermagem do IESPES, enfermeira, psicopedagoga e com psicóloga junto aos professores falando sobre parâmetros curriculares nacionais – orientação sexual, anatomia e fisiologia, o corpo e a sexualidade, métodos contraceptivos, gravidez na adolescência, infecções sexualmente transmissível/HIV, relações de gêneros e opção sexual. Percebeu-se que durante e após as intervenções, além de proporcionar maior conhecimento sobre os assuntos abordados, os participantes demonstrava-se mais a vontade. Vivências e experiências foram compartilhadas, principalmente, preconceito e tabus, os grandes vilões para o desenvolvendo atividades educativas contínuas. Conclui-se que a atividade de extensão alcançou os seus objetivos que além de Instrumentalizar e sensibilizar os professores para orientação sexual na escola favoreceu, momentos de relacionamento e descontração em todas as intervenções.
Palavras-chave
Educação Sexual; Professores; Alunos