Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM EM UNIDADES PÚBLICAS DE SAÚDE
Gabriella Martins Soares, Nayara Costa de Souza, Leidiane Pereira da Silva, Joice Ferreira Farias, Stephany dos Santos Amaral, Aryanne Lira dos Santos Chaves, Naiara Ramos de Albuquerque, Nair Chase da Silva

Última alteração: 2017-12-20

Resumo


APRESENTAÇÃO: Sistema Único de Saúde, criado em meados dos anos 80, propôs um modelo inovador de assistência para a sociedade brasileira. A descentralização do processo decisório da política de saúde e a execução dos serviços ao nível local, que culminou com a criação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS) em 1987 e depois , em 1988, SUS (Sistema Único de Saúde), passo mais avançado na reformulação administrativa no setor. Neste âmbito a Atenção Primária à Saúde (APS) nasceu como estratégia de organização voltada para responder de forma regionalizada, contínua e sistematizada à maior parte das necessidades de saúde de uma população, integrando ações preventivas e curativas, bem como a atenção a indivíduos e comunidades. Através dessas atividades compreende-se sucessivas aproximações com o serviço de saúde ampliando com isso a integração entre ensino, serviço e comunidade. O cenário onde se desenvolveram as atividades foram os serviços de Atenção Primária, acompanhadas e monitoradas pelos professores da disciplina.Este relato de experiência tem como objetivo descrever a vivência de acadêmicos de enfermagem após aulas teóricas suas primeiras percepções sobre as unidades de saúde. DESENVOLVIMENTO: Este resumo trata-se de um relato de experiência vivenciado durante o mês de Janeiro de 2015 vinculado a disciplina saúde coletiva I que nos proporcionou um referencial teórico/prático que permitiu a compreensão e desenvolvimento de uma análise crítica  possibilitando intervir no indivíduo, família e coletividade a partir de um planejamento sistematizado, com vista a promover o direito ä saúde na promoção, prevenção e recuperação. Por meio dessas visitas e observações Conhecemos as bases legais de Municipalização/descentralização das ações de saúde com ênfase no estado do Amazonas no município de Manaus. As problemáticas e as correlações entre os modelos assistenciais de base comunitária  as normas e rotinas de atenção desenvolvidas na rede básica de saúde. Possibilitou as acadêmicas a prática para desenvolver o Processo de Enfermagem com base na Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC) com vistas a contribuir para uma assistência de qualidade junto à população. Conhecer as bases conceituais de família e as práticas da estratégia saúde da família, com ênfase nos instrumentos de avaliação familiar, no perfil epidemiológico local e na atuação dos serviços e ações de saúde. Com as observações uma reflexão sobre a organização dos serviços de saúde e a prática dos profissionais no cotidiano desses serviços e uma ampliação da teoria para a prática sobre as bases conceituais do Monitoramento e avaliação em Saúde. Para a seleção e captação de informações foi utilizado das seguintes técnicas de coleta de dados: questionários, análise da estrutura física e organizacional das unidades e participação nas atividades dos enfermeiros e Agentes comunitários de Saúde (ACS’s). Não foram utilizados dados pessoais das pessoas, apenas dados de interesse das unidades. RESULTADOS/IMPACTOS: Durante as atividades realizadas foi observado além da estrutura e organização, a dinâmica exercida pela enfermagem nos serviços oferecidos nas unidades de saúde. A Unidade Básica de Saúde da Família é a porta de entrada do cidadão aos serviços de saúde, promove ações que promovem a saúde no âmbito coletivo e individual, este serviço de saúde acompanha o indivíduo por toda a vida e trata dos problemas mais frequentes que atingem a população. A enfermagem atua conforme atribuições da Política Nacional de Atenção Básica – PNAB, na portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, no qual defini a realização de atenção a saúde aos indivíduos e a toda a família cadastrada pelas equipes, realização de visitas domiciliares na comunidade e cobertura em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade. Atua também nas atribuições internas dos programas de saúde por meio da solicitação de exames e prescreve algumas medicações, também encaminha pacientes a outras unidades de saúde como Unidade Básica de Saúde (UBS). Realiza palestras de educação em saúde nos programas de hiperdia, leite do meu filho, pré-natal. Planeja, gerencia e avalia as ações desenvolvidas pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), bem como em escolas inseridas na sua área de abrangência executado o Programa Saúde na Escola (PSE) e a enfermeira realiza palestras educativas sobre cuidados com a higiene ou qualquer outro assunto relacionado a saúde que haja necessidade de uma orientação, realiza exames de pele, medições de altura e peso, e atualização do cartão de vacina da criança. Em relação às policlínicas, os enfermeiros atuam especificamente na gestão dos programas realizados e consultas de enfermagem, com o atendimento e orientação dos cuidados aos pacientes, assim como para o desenvolvimento de atividades ligadas a prevenção e promoção à saúde com Programas de Palestras sobre Doenças Cardiovasculares, Nutrição e Saúde Mental e participação ativa nos processos de qualidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo proporcionou uma ampla apresentação das atividades vivenciadas nas unidades de atendimento, situadas em diferentes níveis de atenção. Através dos métodos utilizados foram adquiridas todas as informações necessárias para a compreensão do funcionamento das instituições, cuja estas posteriormente serão vivenciadas pelo grupo. O enfermeiro surge como um elo entre os usuários e as unidades. Têm-se como exemplo a participação do mesmo na gerencia dos diferentes setores, observando que o enfermeiro é de fundamental importância, como por exemplo, nos programas em que o mesmo participava durante a coleta da vivência. O papel do enfermeiro nas unidades de saúde relatadas anteriormente é de suma importância, entretanto, em cada estrutura seu trabalho se torna um tanto quanto especial. Na UBSF ficou explícito que o profissional da enfermagem tem maior autonomia para prescrever medicações, realizar solicitações de exames além da gerência, que é ponto crucial da unidade. Portanto, a enfermagem apresenta funções essenciais na atenção primária onde estão vinculadas também a execução de programas voltados a saúde da mulher, hipertensos e diabéticos no qual se faz imprescindível a participação dessa profissão que recebe destaque para as ações de educação em saúde, preventivo orientações de medicações dentre outras. As ações dos enfermeiros influência toda a estrutura proposta para a assistência a população no qual é criado um elo entre profissionais e usuários devendo ser fortalecido a cada nova atividade fornecida nessas unidades de saúde.


Palavras-chave


Processos educacionais; Saúde Coletiva; Atenção Primária