Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Projeto ALFA-Manaus: Vivências e Desafios na Prevenção de Acidentes e Primeiros Socorros ao longo de 1 ano
JULIA COSTA JUSTO, ISADORA GOMES MESQUITA

Última alteração: 2018-01-06

Resumo


Este relato de experiência objetiva retratar as atividades de um membro ativo no Projeto ALFA-Manaus durante o ano de 2017 e que encontra-se no 6º período do curso de medicina. Trata-se de um Projeto de Extensão (PIBEX), pertencente ao Departamento de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da UFAM, composto essencialmente por acadêmicos de medicina, e dentre as obrigações de um Alfista destaca-se a Prevenção de Acidentes e disseminação de noções apuradas em Primeiros Socorros a toda comunidade, como instituições variadas, escolas, igrejas, academias, parques, etc. Há cerca de 40 Alfistas à disposição para oferta de atividade (gratuita e voluntária) de cunho teórico e prático, com duração média de 2h, onde houver convite ou aceite do convite do projeto. Além disso, ocorre semestralmente um Minicurso de Primeiros Socorros e Prevenção de Acidentes, com duração de uma semana (teórica e prática), o qual é pré-requisito na seleção de novos membros. Parte da munição bibliográfica é derivada do PHTLS: Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado aliado às Diretrizes de 2015 da Associação Americana do Coração (AHA-2015) para ensino do Suporte Básico de Vida na comunidade e academia de medicina. A outra parte é inspirada no curso ATLS: Suporte Avançado de Vida no Trauma, aplicado no Treinamento Interno do Alfa durante oito semanas (teórica e prática), por membros do projeto aos novos membros do projeto. Posteriormente, os membros devem realizar palestras internas a nível acadêmico na faculdade, com temas voltados ao universo do Trauma e que não são abordados no curso ATLS.  O resultado de tanto esforço e dedicação é refletido na perspicácia inerente ao acadêmico integrante do projeto, tendo em vista que o ingresso destes ocorre nos primeiros períodos da graduação (geralmente no 1º, 2º e 3º). Como exemplo, o destaque destes acadêmicos é nítido quando se observa os demais acadêmicos não-integrantes do projeto tendo seu primeiro contato com a propedêutica médica e a adaptação às semiotécnicas, enquanto os Alfistas já conhecem grande parte do arsenal de termos semiológicos e possuem bom domínio do atendimento de um paciente/vítima, tendo condições de estabelecer conduta frente à determinada situação. Além disso, é possível adquirir as primeiras noções da técnica operatória ainda no despertar da graduação, como a arte das suturas e realização de procedimentos básicos, como acesso venoso, traqueotomia, drenagem de tórax, etc. No âmbito da comunidade, o membro aprende a lidar com a população no sentido de adequação da linguagem científica e com o manejo de um conteúdo “óbvio”, do ponto de vista do acadêmico, mas também sendo capaz de tornar este conhecimento acessível ao público leigo. É necessária a coragem sucedida pela responsabilidade na tomada de iniciativas durante as diversas etapas a serem vencidas na graduação e grande parte das habilidades e aptidões podem ser adquiridas e praticadas dentro do projeto, onde o acadêmico desde cedo é tirado da sua zona de conforto e entende a gravidade de suas ações como um futuro médico. Por fim, há intensa troca de experiências entre os membros, que se encontram em períodos diferentes do curso e estabelecem conexões fortes e duradouras como profissionais e seres humanos.


Palavras-chave


projeto de extensão; primeiros socorros; trauma; medicina; relato de experiência; phtls; atls;