Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE SOBRE GÊNERO, SEXUALIDADE, DIREITOS HUMANOS, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS.
Ednaldo Gomes barbosa Junior, Silene Nogueira de Oliveira Arantes, Tirza Almeida da Silva, Eduardo Jorge Sant´Ana Honorato, Sônia Maria Lemos, Darlisom Darlisom Sousa Ferreira

Última alteração: 2017-12-20

Resumo


O presente relato de experiência é um trabalho de conclusão de curso da especialização Psicologia da Saúde, da Universidade do Estado do Amazonas. Levados a ampliar nossa capacidade reflexiva e observadora no que se trata de realidade social, constatamos a necessidade de discutir sexualidade, gênero, direitos humanos, álcool e outras drogas com universitários do curso de psicologia de um universidade privada de Manaus, visto que estes prestam serviços supervisionados à comunidade, e dentre as diversas demandas temos o atendimento à população usuária de substancias psicoativas e a população LGBT – Lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis e aos usuários de álcool e outras drogas. Com o foco em práticas de educação em saúde, vislumbrou-se uma reflexão crítica sobre as temáticas, construindo o saber por meio do diálogo, baseado no repertório de experiências vividas por cada indivíduo e pelo conhecimento científico. Tivemos como objetivo preparar e ampliar multiplicadores, que tratem os temas propostos de maneira livre, sem tabus e preconceitos evitando ou potencializando o sofrimento psíquico dessas populações. A metodologia aplicada para o ciclo de oficinas foi a separação dos temas: Álcool e Outras Drogas e Sexualidade, Gênero e Direitos Humanos. Participaram das atividades todos os alunos do curso de psicologia dos 2º, 4º, 6º, 8º e 10º períodos, totalizando sete turmas. As oficinas aconteceram em 10 encontros, cada um com cerca de 2h30m de duração, com ação facilitadora de três psicólogos. Ao falar de sexualidade e gênero a aceitação aconteceu de forma gradual e rodeada de muitas expressões de surpresa, de espanto e de indignação. Houve expressões que velavam posicionamentos preconceituosos e de repudio. Percebeu-se a deficiência de vocabulário e de entendimento de muitos termos usados no atendimento à população LGBT. Nas oficinas de álcool e outras drogas, podemos ver de uma forma clara a não aceitação sobre o tema. Percebeu-se a falta de conhecimento de alguns alunos quanto as formas de tratamento disponíveis no Brasil e como orientar usuários, e pessoas que venham ter algum tipo de contato com alguma substância psicoativa no futuro. A participação dos alunos revelou um posicionamento empático, ou a tentativa deste. O termo incômodo se fez presente nas oficinas, quando se falava de comportamento sexual e identidade de gênero, as expressões físicas deixavam claro o quanto esse conteúdo trazia desconforto. Esse mesmo desconforto se fez presente também nos conteúdos de redução de danos e o uso de substâncias psicoativas. Ao final, foi perceptível que as oficinas trouxeram o empoderamento de um conhecimento construído entre os participantes através do saber científico e particular dos alunos. Isso resultou em uma nova postura frente à sociedade e há uma promessa na práxis, com base na desconstrução diária de ideologias, preconceitos e julgamentos, visando sempre a propagação do conhecimento e de novas maneiras de promover saúde.

 

 


Palavras-chave


Educação em Saúde; Psicologia da Saúde; Sexualidade e Gênero; Álcool e Outras Drogas.