Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
Análise do conhecimento de acadêmicos de Medicina a cerca de Práticas Integrativas e Complementares em saúde
Jullyane do Nascimento Garcia, Renata Marques Jacob, Kaique Santana de Oliveira, Maria Clara Nunes de Carvalho, Paula Katharine Correa Nascimento, Jonas Byk

Última alteração: 2017-12-20

Resumo


As Práticas Integrativas e Complementares caracterizam-se pelo uso de uma linguagem singular e interdisciplinar em prol da promoção, prevenção e recuperação da saúde do indivíduo de forma integral. Em 3 de maio de 2006, foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), instituída pela Portaria 971 GM/MS, essa portaria oficializou a prática de várias formas de terapia no escopo de atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo a Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura e Fitoterapia. Recentemente, a Portaria 849 de 27 de Março de 2017 inseriu novas terapias à PNPIC, como Biodança e Shantala. Em um rápido olhar, percebemos que as Instituições de Ensino Superior (IES) não trazem em sua grade curricular uma disciplina que contemple essa nova abordagem. Para mensurar o quanto os acadêmicos de Medicina da Universidade Federal do Amazonas conhecem o alcance de determinadas técnicas inseridas, foi aplicado um questionário aos alunos do primeiro período e a outro grupo formado pelos sétimo e oitavo períodos, em novembro de 2017, com o intuito de comparar o conhecimento dos alunos ao entrar no curso com os alunos próximos da sua integralização. O questionário continha 26 questões sobre Acupuntura, Fitoterapia, Shantala e Biodança. O questionário foi aplicado aos que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados mostram que 80% dos acadêmicos, tanto no início quanto na finalização do curso, não possuem conhecimentos acerca da PNPIC. Outro resultado alarmante mostrou que 90% dos alunos desconheciam sobre a inserção da Shantala e Biodança no atendimento do SUS em 2017. Esses dados mostram a falta de disciplinas que discutam as técnicas durante a formação desses acadêmicos e que provavelmente não saberão o alcance, vantagens e eficácia de cada uma na hora de prescrever condutas aos seus pacientes. Talvez esse problema não seja específico de uma IES e faz-se necessário avaliar outros cursos a nível nacional para se ter uma noção precisa da situação.


Palavras-chave


Terapias Complementares; Educação Médica; Currículo