Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PROJETO EDUCA-ART SAÚDE: PARTILHANDO A ARTETERAPIA NA COMUNIDADE DE SANTARÉM-PA
Marlyara Vanessa Sampaio Marinho, Françoíse Gisela Gato Lopes, Jéssica Naiara Silva Vieira, Rebeka Santos da Fonseca, Fabiana Santarém Duarte, Suan Kell dos Santos Lopes, Ana Eliza Ferreira Pinto, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Última alteração: 2017-12-28

Resumo


Apresentação: O projeto EDUCA-ART Saúde por meio da arte utiliza-se de técnicas como pinturas e mandalas, para desenvolver terapia de relaxamento, descontração e alívio de estresse. As pessoas vivem na correria do dia-a-dia, passam por momentos de estresse nos trabalhos, na família, nos estudos e não se preocupam com a saúde, em especial a saúde psicológica. Muitas deixam-se levar por problemas de depressão, de alto estresse, de cansaço entre outros, problemas que refletem diretamente no corpo físico, e levar ações a essas pessoas da comunidade, atuando desde a universidade desenvolvendo atividades humanitárias estimulam a melhora no quadro emocional e psicológico. Assim pessoas que se permitem participar dessas ações externam suas emoções, seus desejos e seu eu interior presentes em seu inconsciente podendo compartilhar suas vivências com os que estão partilhando do mesmo momento de descontração e relaxamento. Sendo, portanto uma ferramenta importante por transformar o meio em que as pessoas vivem, emponderam e estimulam a capacidade criativa dos participantes. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência de uma ação em saúde, ocorrida no dia 20 de outubro de 2017, onde acadêmicos de enfermagem e fisioterapia participantes do Projeto EDUCA-ART Saúde desenvolveram técnicas de arteterapia na orla de Santarém, a partir de um convite da coordenação de extensão da Universidade do Estado do Pará (UEPA) para participação no projeto “UEPA na Comunidade”, sendo uma forma dos acadêmicos da interagirem com a comunidade e a realidade da região na qual a instituição está inserida. A partir do convite, a tenda montada pelos acadêmicos veio com a proposta de trazer um momento terapêutico às pessoas que estavam na orla tanto a trabalhado quanto em seu lazer, parando alguns minutos sua caminhada pela orla para produzirem mandalas e pinturas dependendo exclusivamente de sua vontade e criatividade, podendo ficar confortáveis nos colchonetes dispostos ao redor da tenda ou nas cadeiras. Para isso, os acadêmicos os abordavam e falavam do projeto e os levavam à tenda, ou as pessoas se interessavam ao passar pela ação e por curiosidade desenvolviam as técnicas de arteterapia. A técnica mandala foi desenvolvida com acompanhamento dos acadêmicos até o momento em que a pessoa se sentisse segura para seguir a técnica sozinha, tendo autonomia na escolha das cores dos fios e tamanho da mandala de sua preferência. A pintura foi realizada no papel A4 com diversos lápis de cor, sendo estimulada a criatividade da pessoa durante a terapia. O local de escolha para a tenda Educa-Art foi próximo ao rio Tapajós que banha a cidade, por ser um local sereno e harmonioso com a natureza, ao som de músicas tranquilas para o desenvolvimento da arteterapia de uma forma bem natural por parte dos participantes. Ao final da arteterapia os participantes podiam levar o objeto artístico produzido ou deixar como artigo decorativo para a tenda. Resultados e/ou discussão: O momento terapêutico ofertado ao público que transitava pela orla da cidade, relaxou, descontraiu e desestressou os participantes, como exposto por eles. A arteterapia é uma importante aliada no tratamento de indivíduos que passam ou passaram por situações de desestruturação psíquica e emocional. A técnica mandala juntamente com a pintura, tem esse intuito, de promover um bem – estar em quem estar realizando como produção artística dando a estes liberdade e independência criativa. A arteterapia está ganhando cada vez mais espaço na comunidade Santarena. Através do projeto, a população pôde participar, desenvolver e conhecer melhor técnicas que são comprovadamente terapêutica. Diferentemente de outras ações, nessa as crianças participaram ativamente na produção da terapia mandala. Isso por que as infantis que chegavam na tenda, sentiam a vontade de realizar a produção. Percebeu – se também que as a arteterapia influenciava no pensamento lógico das crianças, visto que a técnica seguia um percurso de produção. Enquanto os pais realizavam a mandala, os filhos escolhiam em fazer pintavam ou a mandala. O contato das pessoas com o que é “novo” foi aceito de forma exporadicamente por parte das pessoas que chegavam a tenda. De início, alguns chegavam e apenas observavam, porém, depois acabavam se rendendo a produção da arteterapia, e faziam mais de uma mandala. Ademais, alguns participantes encontraram dificuldades em produzir a mandala, por não possuírem muita habilidade a princípio, porém, foi incentivado para que eles não desistissem, dessa forma, foi possível que concluíssem seu trabalho. Os recursos expressivos utilizados como forma de expressar o seu universo foi muito presente através das pinturas das crianças. O espaço que foi realizado a ação também contribuiu, pelo fato de ser um ambiente aberto, no qual transita um elevado número de pessoas seja para correr, caminhar e/ou contemplar as belezas da natureza. Além disso, a arteterapia possibilitou os participantes se colocarem frente aos seus medos, dificuldades, angústias. O público que participou pôde expressar sua criatividade através de sua produção. Considerações Finais: A arte como terapia é uma atividade que pode ser praticada por todas as pessoas, de diversas faixas etárias, essa abrangência se dá devido às variadas metodologias de atividades, como pintura, artesanato, entre outros. Algumas pessoas podem não conhecer os efeitos terapêuticos que as práticas artísticas proporcionam ao seu bem-estar físico e mental, isso se torna uma barreira para que a pessoa decida participar das atividades propostas, ou até mesmo o pensamento de incapacidade de conseguir confeccionar o artesanato, ou qualquer tipo de arte. Levar essas atividades a um público diversificado é uma boa forma de disseminar o conhecimento a respeito dessa terapia ocupacional. É uma forma de arte livre, no qual o participante usará sua criatividade para as produções, sem a preocupação de objetivar a beleza estética, também. A pratica dessa atividade em um ambiente amplo possibilitou uma maior interação entre diversas pessoas, é uma forma de se socializar, principalmente em um tempo em que a relação interpessoal ficou muito restrita.


Palavras-chave


Arteterapia; extensão; participação na comunidade