Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE SEXUAL PARA ADOLESCENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Maria Carolina Ferreira Chan, Diego Ernandes Barbosa Guimarães, Karolaine Lima Souza, João Victor de Oliveira Cavalcante, Yasmin de Fatima Aragão Mano

Última alteração: 2018-01-26

Resumo


APRESENTAÇÃO

Diante da realidade endêmica de adolescentes grávidas e portadoras de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) em um bairro pobre da cidade de Boa Vista-RR, estudantes de Medicina, Enfermagem e Psicologia (cerca de 40 voluntários) iniciaram a campanha intitulada ADOLESCER, por intermédio da International Federation of Medical Students’ Associations of Brazil (IFMSA – Brazil) pelo Comitê Permanente em Saúde Sexual e Reprodutiva incluindo HIV/AIDS (SCORA) com o intuito de levar informações sobre saúde sexual à escola estadual Maria Sonia de Brito Oliva, localizada nesse bairro.

O objetivo da campanha era explanar a necessidade de melhor preparar voluntários para ações em saúde sexual e deliberar sobre o problema estrutural da educação em saúde sexual.

 

DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

A campanha abordou cerca de 300 alunos entre 13 e 16 anos em rodas de conversa, durante as quais os voluntários passaram informações sociais (utilizando modelos de situações cotidianas para discussão) e biológicas (ensinando a utilizar preservativos) sobre saúde sexual e sexualidade, com o objetivo de criar vínculos e facilitar a comunicação. Durante a abordagem foram detectadas situações graves de bullying, histórico de violência doméstica, preconceito e pouco ou nenhum conhecimento sobre saúde sexual. Os alunos encontravam-se agitados e pouco concentrados e, em alguns casos, pouco interessados. Uma minoria se recusou a participar da ação, outros desejavam participar, porém se sentiam acuados pelos colegas.

 

RESULTADOS E/OU IMPACTOS

Os voluntários perceberam a importância de melhor conhecer o público-alvo, otimizando a qualidade da informação transmitida, bem como a falta de conhecimento sobre sexualidade na comunidade atendida pela escola.

Houve dificuldade para transmitir informações pela imaturidade e diferença de idade e de experiência de vida dos estudantes, além da necessidade de uma melhor capacitação para os voluntários saberem como acalmar o grupo, focar sua atenção e serem capazes de passar naturalidade e tranquilidade ao falar sobre sexo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação sexual ainda é um tabu em todos os níveis sociais, etários e instrutivos. Em uma roda de conversa com os voluntários da campanha e o Orientador, pôde-se observar uma falta de maturidade por parte dos próprios voluntários, pois ao serem indagados sobre suas respectivas vidas sexuais, houve reações similares (considerando as devidas proporções) às dos adolescentes.

Dessa forma, fica claro que o problema da falta de educação sexual é estrutural e cultural, e apenas alguns encontros com esses adolescentes não resolvem problemas na educação que a família e a escola transmitem, muitas vezes de forma insuficiente.

 


Palavras-chave


Educação sexual; sexualidade; saúde reprodutiva; gênero