Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
DIFICULDADES NA ADESÃO DE PACIENTES Á TERAPIA ANTIRRETROVIRAL. RELATO DE CASO
Aniele Alves de FRANÇA, Gisele RODRIGUES LINS, Karine Kelly Ferreira de AGUIAR, Alyne Mara Rodrigues CARVALHO, Malena Gadelha CAVALCANTE

Última alteração: 2017-12-21

Resumo


O HIV é um retrovírus e a infecção por ele, ocorre quando o vírus interage com os Linfócitos TCD4+ por um processo complexo de interação, devido á esse processo complexo exige-se fármacos com grande potencial terapêutico. A adesão é um processo determinante para a efetividade do tratamento é quando o paciente segue o plano terapêutico, a não adesão gera PRM’s (problemas relacionados a medicamentos) que são interferências no resultado terapêutico esperado. O estudo tem como objetivo relatar dificuldades na adesão ao tratamento assim como identificar os PRM´s e verificar os impactos que estes podem causar ao tratamento. A metodologia utilizada para o estudo baseou-se me informações contidas no prontuário, revisão de literatura e a busca de artigos através do DeCS utilizando como descritores: Adesão do Paciente, Medicação e Infecção por HIV. Trata-se do paciente T.B.S, sexo masculino, 34 anos, natural de Fortaleza- Ceará, diagnosticado em Setembro de 2012 com HIV/ AIDS assintomático e Tabagismo. Devido ao seu estilo de vida o paciente apresenta sérios problemas de adesão ao tratamento. Em Fevereiro de 2013 inicio o tratamento com: Efavirenz + lamivudina + zidovudina que era a terapia convencional de inicio. Durante um longo período em 2013 o paciente não compareceu as consultas, retornando apenas em 2014 onde informou que a terapia indicada não estava sendo seguida corretamente devido ao seu estilo de vida que o impossibilitava tomar a medicação pela manhã. Foram solicitados exames que demonstrarão um aumento considerável da sua carga viral.  Por esse motivo foi solicitado exame de genotipagem, o qual demonstrou resultado de resistência aos medicamentos Lamivudina, Efavirenz e Nevirapina, devido à falta de adesão terapêutica. Em 2016 o paciente retornou a unidade de saúde onde teve sua Terapia Antirretroviral (TARV) alterada para Lopinavir + Ritonavir e Tenofovir. O paciente continuou assintomático o que dificultou o processo de adesão. Ao iniciar a nova terapia o paciente relatou náuseas e vômitos, por esse motivo abandonou a dose matinal tomando apenas a dose noturna. Ainda em 2016 o paciente deu entrada na emergência do Hospital Estadual de Referência em Infectologia sendo diagnosticado com celulite bacteriana, recusando-se a internar-se e abandonando o serviço médico.  Na realização de novos exames foi diagnosticado com reinfecção de sífilis, cujo tratamento indicado foi a Penicilina Benzantina. Em 2017 compareceu à uma consulta relatando sintomas indicativos de intolerância á terapia. Teve sua TARV substituída por Ritonavir, Atasanavir e o 2 em 1 (Tenofovir + Lamivudina).  Através do método DADER de classificação de PRM, pode-se classificar em PRM 1 cujo o paciente apresenta um problema de saúde por não utilizar a farmacoterapia que necessita. PRM 3 cujo o paciente apresenta um problema de saúde devido a inefetividade não quantitativa da farmacoterapia. PRM 5 cujo o  paciente apresenta um problema de saúde por uma insegurança não quantitativa de um medicamento. Por fim pode-se concluir a importância de classificar os PRM, pois através deles pode-se encontrar a solução para maior efetividade da terapia e elaborar táticas que permitam o cumprimento do plano terapêutico.

 


Palavras-chave


Adesão do Paciente, Medicação, Infecção por HIV.