Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A PRÁTICA DA AUTOMEDICAÇÃO EM MULHERES QUE TRABALHAM COMO AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS DE COARI-AMAZONAS.
Victor Linec Maciel Barbosa, Mariana Paula da Silva, Ananias Facundes Guimarães, Paula Andreza Viana Lima, Rodrigo Damasceno Costa, Jéssica Karoline Alves Portugal, Marcelo Henrique da Silva Reis, Abel Santiago Muri Gama

Última alteração: 2017-12-20

Resumo


Apresentação: A automedicação constitui-se um importante problema de saúde pública. Esta prática envolve o uso de medicamentos para tratar distúrbios ou sintomas auto reconhecidos sem consultar profissional habilitado a prescrever, o que expõe os indivíduos que a praticam a diversos riscos. Os ACS representam os profissionais de saúde mais próximos da população na atenção primária, conhecem as famílias e seus domicílios podendo identificar os estoques e a forma de consumo de medicamentos. Em detrimento a pouca formação, e por obrigatoriamente residir na comunidade onde trabalham, estão expostos aos mesmos costumes e práticas de saúde do local onde vivem, utilizando medicamentos de forma inadequada, sobretudo pela automedicação. Objetivou-se descrever a prática da automedicação em Agentes Comunitários de Saúde do sexo feminino de comunidades ribeirinhas do município de Coari-Amazonas. Desenvolvimento do trabalho: Estudo transversal realizado a partir de um projeto maior, intitulado “Saúde e práticas terapêuticas entre Agentes Comunitários de Saúde do município de Coari – Amazonas”. Participaram do estudo mulheres residentes em comunidades ribeirinhas e cadastradas como Agentes Comunitários de Saúde de Coari-Amazonas. As entrevistas foram realizadas por meio de questionário avaliativo previamente elaborado com perguntas referentes a dados econômicos e demográficos, condições de saúde e consumo de medicamentos. As entrevistas ocorreram nos meses de outubro e novembro de 2017 durante as reuniões mensais dos ACS no município sede. Os dados foram analisados no software SPSS (Statistical Package for Social Sciences) 22.0 for Windows.  Resultados: Foram entrevistadas 53 ACS rurais do sexo feminino. Dentre estas, 32 (60,4%) já possuíam o costume de consumir medicamentos por conta própria e 44 (83,0%) relataram ter consumido algum medicamento nos últimos 30 dias. Das entrevistadas que consumiram medicamento no último mês, 48,8% relataram ter consumido por conta própria, sem indicação de nenhum profissional. Foram utilizados 36 medicamentos diferentes, os quais foram consumidos em 74 ocasiões, 36 (48,6%) pela prática da automedicação e 38 (51,4%) prescritos. Considerações finais: A prática da automedicação entre mulheres ribeirinhas é frequente, considerando que se tratam de Agentes Comunitários de Saúde. Faz-se necessário a articulação de medidas que viabilizem o uso racional de medicamentos entre ACS rurais do sexo feminino.


Palavras-chave


Automedicação; Agentes Comunitários de Saúde; Saúde da mulher.