Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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SER APOIO, MAS O QUE É ISSO? IMPRESSÕES DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA ACERCA DAS DIMENSÕES DO APOIO MATRICIAL
Josiane Moreira Germano, Adilson Ribeiro dos Santos, Alba Benemérita Alves Vilela

Última alteração: 2018-01-02

Resumo


Apresentação: Na busca de proporcionar melhorias no processo de trabalho em saúde na Atenção Básica o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) comparece como um dispositivo potente tendo como uma de suas propostas a atuação pautado no referencial do Apoio Matricial (AM) sustentado sob as dimensões tecno-pedagógicas e assistências. Salienta-se que o conceito de Apoio, quando desarticulado, repercute em dificuldade no processo de trabalho. Assim, o objetivo é relatar a experiência em uma oficina  no contexto do processo de trabalho do NASF. Desenvolvimento do trabalho: trata-se de um relato de experiência que foi realizado com o NASF do município de Itajuípe – Bahia em outubro de 2017. A oficina teve a duração de duas horas e meia e utilizou-se da metodologia da problematização para a discussão do processo de trabalho do NASF em articulação com as Equipes de Referência. A facilitação da discussão foi realizada por dois discentes do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.  Impactos da experiência: esta  oficina teve o intuito de debater as perspectivas da Clínica Ampliada no processo de trabalho do NASF. Emergiram no debate, necessidades que são transversais ao fazer do NASF no contexto da Atenção Básica(AB), como o entendimento das dimensões do AM. Percebeu-se que os profissionais apresentam lacunas na concepção do Apoio Matricial, contudo, observa-se a inclinação das atividades para as atividades de assistência, centrada em grupos de atividade física e visitas domiciliares, com boas repercussões para a comunidade, porém, as ações tecno-pedagógicas são pouco comtempladas pela dificuldade em que o NASF tem em articular-se com as equipes da AB. Percebeu-se que, mediante o funcionamento de cada equipe da AB, o NASF tem sua atuação específica, porém, distante das ações tecno-pedagógicas. Destaca-se que algumas ações não são construídas coletivamente, como por exemplo, a agenda do NASF, que é apresentada às equipes da AB após a construção, porém é flexibilizada em casos de necessidades, contudo, percebe-se que os momentos como: Atendimentos Compartilhados, Projeto Terapêutico Singular e até mesmo as ações de Educação Permanente em Saúde são prejudicadas por não serem planejadas em concomitância. Outro aspecto importante discutido pelos profissionais foi o resgate da identidade do NASF, cujo tempo de escuta de suas próprias necessidades são inexistentes ou insuficientes para abarcarem todas as demandas da equipe, que suscita necessidade de (re)inventar-se e (re)significar as práticas  e suas ferramentas/estratégias de trabalho cotidianamente. Considerações finais: diante do exposto, pode-se perceber que a necessidade do NASF em seu processo de trabalho, perpassa em reconhecer-se enquanto parte constituinte para o fortalecimento do seu papel enquanto apoiador matricial das equipes da AB, discorrendo em necessidades de aproximar-se das singularidades realizadas de cada processo de trabalho das respectivas unidades de saúde, constituindo em novos arranjos em ser NASF para cada uma dessas equipes.

 


Palavras-chave


Núcleo de apoio à saúde da família; Processo de trabalho; Apoio Matricial.