Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-01-26
Resumo
Apresentação: A população idosa caracteriza-se por um envelhecimento que pode comprometer seu padrão motor, tornando-os mais propensos as quedas. Não obstante desta realidade, a incapacidade funcional nessa população, acima de 60 anos, está associada às sequelas de um Acidente Vascular Encefálico (AVE). O AVE ocorre com a interrupção do fornecimento de sangue em qualquer parte do cérebro, e pode ser classificado como: hemorrágico e isquêmico. (LIMA, 2010). O objetivo desta pesquisa foi avaliar o desempenho motor de equilíbrio unipodal de idosos acometidos por um AVE, praticantes de atividades motoras. Desenvolvimento: A mostra foi composta por 25 idosos com AVE (14 homens e 12 mulheres) com idades de 50-62 anos participantes do Programa de Atividades Motoras para Deficientes. A pesquisa caracteriza-se de campo de caráter quali-quantitativo. O grupo avaliado foi divido em maior e menor tempo de AVE, com parâmetro de 1 ano como menor tempo; 7 anos como maior ano. Inicialmente aplicou-se uma avaliação a fim de averiguar o repertório motor dos idosos antes das atividades. As atividades foram direcionadas em Locomoção, Manipulação e Equilíbrio. As intervenções aconteceram durante 07 meses sendo 2 vezes semanais com 75 minutos, caracterizando como exercícios da cadeia cinética fechada (CCF) com 14 exercícios básicos (apoio unipodal, abdução, flexão, extensão e Agachamentos), com intensidade de repetições de baixa a modera, em razão da rápida fadiga na execução dos movimentos. Como variável do estudo, aferiu-se as medidas antropométricas dos participantes. Ao termino das sessões, aplicou-se uma avaliação final, para verificar os efeitos das aulas de treinamentos funcional com os idosos. Resultados: O grupo de maior tempo de AVE, apresentou menor risco de queda, comparando os resultados iniciais e finais. Ganhou força, propriocepção, e mais confiança na execução das atividades. Para o grupo de menor tempo de AVE, apresentou desequilíbrio unipodal e maiores chances de quedas, haja vista que o grau de comprometimento da lesão ainda é recente em seus membros afetados. Mostrou-se não está confiante na execução das tarefas, principalmente em atividades de propriocepções. Quanto aos seus resultados antropométricos, os idosos avaliados apresentaram está 54% acima do peso ideal e 46% com obesidade grau I, conforme indica a tabela do Índice de Massa Corporal (IMC), estipulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Considerações Finais: Diante desses resultados, fica claro que o exercício físico adaptado aos idosos com AVE, é importante para a prevenção de quedas e posteriores traumas. Uma estratégia de reabilitação com exercício físico está direcionado ao ganho de força, equilíbrio, propriocepção, e melhoria da marcha, desenvolvimento de seu potencial, capacidade funcional e independência nas atividades de vida diárias. Para que se tenha um resultado mais concreto quanto ao exercício físico na reabilitação do equilíbrio com o publico de AVE, é preciso que o estudo seja intenso e num período mais longo.