Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-01-25
Resumo
APRESENTAÇÃO: A tuberculose é uma doença que tem cura, no entanto se faz necessária que os pacientes entendam, que ela só acontece quando se mantém no tratamento até o final. O acompanhamento mais próximo e as orientações dadas a esse grupo são de fundamental importância, pois uma vez que estes estão inseridos em um contexto de cuidado a evasão torna-se cada vez menor. Em vista disso, procurou-se realizar um acompanhamento de uma paciente em tratamento e sua adesão. MATERIAIS E MÉTODOS: Consiste em um relato de caso, no qual foram realizadas duas visitas domiciliares para a coleta de dados, juntamente com a análise do prontuário do paciente. Utilizou-se também um roteiro semiestruturado com o objetivo de auxiliar na busca de informações. Foi desenvolvido em uma unidade básica de saúde do município de Imperatriz (MA), durante o mês de dezembro de 2017. RESULTADOS: Paciente do sexo feminino, 38 anos, em tratamento de Tuberculose Pulmonar está afastada das suas funções laborais há cerca de 5 meses, devido a situação de saúde. No início, sentiu sintomas como calor intenso mesmo em ambiente refrigerado, principalmente durante a noite, febre e calafrios, acompanhado de tosse persistente, porém a descoberta do quadro foi demorada, devido à dificuldade dos médicos em definir o diagnóstico. A paciente relatou as dificuldades enfrentadas desde o início, dentre elas a discriminação, desestabilização emocional, medo, insegurança, entre outras. Após a definição do diagnóstico, a mesma foi orientada a realizar exames na UBS do bairro, com isto, teve início o tratamento com a enfermeira e atualmente está no último mês de tratamento. Faz uso de Rifampicina (150mg) e Isoniazida (75mg). Afirmou ter recebido a medicação com o coordenador a UBS e o mesmo ficou de providenciar a guia de realização do exame de BAAR, mas ainda não o realizou. Os demais membros da família fizeram exames (PPD) para detecção do bacilo, tendo em vista que foram pessoas que tiveram contato com a paciente durante o período inicial. A paciente aguarda consulta com Pneumologista para avaliação, e alta do tratamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, percebe-se que, apesar de ser um tratamento longo, não são todos os pacientes que abandonam a terapia, persistindo assim no objetivo da cura. Muitos abandonam o tratamento assim que os sintomas são aliviados. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pela paciente, a mesma não deixou se abalar e, com o apoio da família, essa etapa foi enfrentada. O abandono do tratamento se constitui uma prática arriscada, uma vez que, a doença pode se restabelecer.