Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DE FORTALEZA: os desafios da construção coletiva
Nancy Maria Maia Pinheiro, Kilvia Maria Albuquerque, KILVIA MARIA ALBUQUERQUE, LIZALDO ANDRADE MAIA, Lizaldo Andrade Maia, MARIA IVANÍLIA TAVARES TIMBÓ, Maria Ivanília Timbó, VERA LÚCIA DE AZEVEDO DANTAS, Raquel de Souza Lima, Vera Lúcia de Azevedo Dantas

Última alteração: 2018-01-26

Resumo


A Educação Permanente em Saúde incluiu-se no contexto da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza em 2006, com a criação do Sistema Municipal Saúde-Escola (SMSE), por meio da Portaria 160/2006, “como estratégia de transformação das práticas de atenção, de gestão, de formulação de políticas, de participação popular e de controle social no setor saúde.” O Plano Municipal de Saúde (PMS) de 2010-2013 propôs a implantação e implementação do plano de educação permanente em saúde e no plano de 2014-2017 essa proposta foi incluída como eixo estruturante para a produção intensiva de conhecimento e novas tecnologias. Em 2013, a gestão municipal de Fortaleza criou a Coordenadoria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (CoGTES) na Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS-Fortaleza). Essa Coordenadoria tem a responsabilidade de articular e desenvolver ações para atender as necessidades de educação permanente dos trabalhadores da rede municipal de saúde, protagonizando em 2017 a construção do Plano de Educação Permanente em Saúde, vinculando a Política Municipal de Educação Permanente da SMS-Fortaleza ao fortalecimento da rede de atenção. Este estudo é um relato de experiência e objetiva de forma mais geral, analisar o processo de construção coletiva do plano; descrever o percurso metodológico adotado e identificar potencialidades e desafios da articulação e sensibilização dos atores do quadrilátero de educação permanente. O plano construído de forma ascendente, ao longo dos meses de setembro a dezembro de 2017, teve a participação do quadrilátero proposto pela Política Nacional de Educação Permanente em Saúde em todos os momentos. O ponto de partida foi a realização de Rodas de Conversa nas UAPS, CAPS e Hospitais da rede precedidas de reuniões com gestores das Unidades para apresentação e pactuação da proposta.  Nas rodas locais, a proposta foi identificar desafios no cotidiano dos serviços cuja superação pudesse se dar a partir de ações de educação permanente, com priorização de cinco situações a serem encaminhadas para a oficina regional que incluiu participantes das rodas locais, além das representações regionais da gestão, do controle social e das Instituições de Ensino. O momento regional foi também a oportunidade de socializar com os atores o papel da CoGTES, partindo de uma abordagem da educação popular por meio de uma ciranda onde todas as ações estratégicas eram cantadas coletivamente. Também foi momento de alinhamento conceitual, de forma participativa, sobre a educação permanente e educação continuada. A problematização e priorização dos problemas se fez em pequenos grupos incluindo o quadrilátero, gerando um material onde além dos objetivos, metas e responsáveis, se detalhava as estratégias pedagógicas e prazos. O material encontra-se em fase de consolidação. O processo gerou reflexões importantes para a equipe da CoGTES e das regionais no que se refere à necessidade de ampliar a discussão sobre educação permanente no contexto de toda a rede municipal de saúde e desvelou desafios na mobilização, especialmente dos atores da rede hospitalar, considerando as especificidades do processo de trabalho desta rede.


Palavras-chave


educação permanente; educação continuada