Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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VAGAS E INGRESSOS NOS CURSOS DE ODONTOLOGIA E FISIOTERAPIA NO ESTADO DO PARANÁ E BRASIL, 1991 a 2014
Marselle Nobre de Carvalho, Célia Regina Rodrigues Gil, Damares da Silva Dias

Última alteração: 2017-12-27

Resumo


Apresentação: A formação em graduação cresceu nas últimas décadas ampliando o acesso nas profissões da área da saúde em todas as regiões do Brasil. Apesar do crescimento do número de cursos, a ociosidade das vagas persiste em todos as graduações da área da saúde, à exceção da medicina. Método: Estudo descritivo, retrospectivo e de abordagem quantitativa. Foram analisados os cursos odontologia e fisioterapia a partir de dados secundários de 1991 a 2014, obtidos por meio do SIGRAS, acessado via IMS/UERJ. Resultados: O número de vagas acompanhou o crescimento dos cursos, tanto nacionalmente quanto localmente. No Paraná, entre 1991 e 2014, o número de vagas ofertadas no curso de odontologia passou de 418 para 2.117 e de fisioterapia de 280 para 3.997. O número de ingressos também cresceu no período. Em 1991, 425 estudantes ingressaram no curso de odontologia e 279 no de fisioterapia no Paraná; em 2014, o número de ingressos em odontologia foi 1.630 estudantes e em fisioterapia foi 2.232 estudantes. Apesar do evidente crescimento do número de ingressos entre 1991 e 2014, o que expressa diretamente a ampliação do acesso ao ensino superior, a taxa de ocupação de vaga (relação ingresso/vaga) tem decrescido nos cursos de odontologia e fisioterapia, com comportamento relativamente diferente nos setores público e privado. Entre 1991 e 1998, as taxas de ocupação de vagas das Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas situavam-se em torno de 100%, com pequenas variações. O ano de 1999 aparece como um grande divisor do comportamento entre IES públicas e privadas. De 2000 em diante, as IES públicas se mantiveram a taxas relativamente constantes, enquanto que as privadas apresentaram queda, tanto nacionalmente quanto localmente. No Paraná, as IES públicas se mantiveram a taxas superiores de 2000 a 2013. Já as taxas de vagas ocupadas nas IES privadas caíram no período, atingindo em 2009 o pior percentual, com 67%, retomando o crescimento nos anos seguintes, atingindo auge em 2012 (113%). O comportamento observado na odontologia também ocorre na fisioterapia, embora com uma diferença de aproximadamente dois anos. As IES públicas e privadas mantem taxas de ocupação relativamente constantes e em patamares semelhantes até 2001/2002, quando no Brasil a taxa nas IES públicas cai abruptamente. No momento de queda na taxa nacional, as taxas de ocupação das IES públicas do Paraná iniciam um processo de crescimento e depois manutenção até 2013, quando cai severamente. Já as IES privadas do estado entram num processo de declínio da taxa de ocupação de vagas dos cursos de fisioterapia, chegando 35% e 33% em 2009 e 2010, respectivamente. A partir de 2012, as IES privadas retomam o crescimento, atingindo 53% em 2013. Conclusão: Apesar do crescimento do número de cursos e de vagas ofertados no Paraná nos cursos de odontologia e fisioterapia, o que a priori parece ampliação de acesso aos estudantes. De fato, o número de ingressos cresceu juntamente com o número de vagas, porém a manutenção da vaga ocupada parece um problema para o ensino superior, sobretudo para as IES privadas.


Palavras-chave


Recursos Humanos em Saúde; Educação em Saúde; Força de Trabalho em Saúde