Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PREVALÊNCIA DE SÍFILIS EM GESTANTES EM UM LABORATÓRIO PRIVADO DE ANÁLISES CLÍNICAS NO MUNICÍPIO DE PACAJUS-CE
Ana Paula Oliveira Sales, Malena Gadelha Cavalcante, Carlysandra Lima dos Santos, Diego da Silva Medeiros

Última alteração: 2018-01-21

Resumo


Pesquisa com objetivo de avaliar a prevalência de sífilis em gestantes por meio da análise de exames sorológicos VDRL e FTA-ABS em um laboratório privado na cidade de Pacajus – Ce, apresentando também o perfil epidemiológico destas gestantes. Trata-se de uma pesquisa transversal com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados de Janeiro a Dezembro de 2016. O instrumento de pesquisa foram os registros de exames obtidos através do banco de dados secundário do laboratório. Foram analisados dados de exames de 219 gestantes, com faixa etária 18 a 45 anos, sendo que 166 (75,79%) gestantes que realizaram o exame de VDRL e 53 (24,20%) não realizaram. Em relação ao exame de FTA-ABS apenas 1 (0,45%) gestante realizou, mas sem diagnóstico para sífilis e 218 (99,54%) não realizaram. Os dados mostraram 3 resultados positivos para sífilis gestacional. O maior número de resultados de VDRL foi obtido no 1° trimestre de gestação com 143 (86,14%) de resultados. Para traçar o perfil Epidemiológico das Gestantes, outros exames laboratoriais obrigatórios no pré-natal foram analisados. Nos dados analisados, no diagnóstico para anemia foram obtidos 52 (31,32%) casos. A glicose apresentou uma média de 75 mg/dL, resultados dentro do padrão da normalidade. No exame para identificar o fator RH, 100 (60,24%) gestantes tem RH positivo. E no exame de sumário de urina apresentou um considerável número de gestantes 32 (19,27%) com uma possível infecção bacteriana. Foi analisado um alto índice de não realização de alguns exames: rubéola que obteve 92 (55,42%) de gestantes que não realizaram, seguido do exame de citomegalovírus com 135 (81,32%), hepatite C 132 (79,51%), hormônio tireoestimulante 160 (96,38%) hepatite B – ANTI HBS 154 (92,16%), apresentando uma média de 80,95%. Conclui-se que os resultados obtidos felizmente obteve-se um menor número de casos de sífilis. No exame de FTA-ABS apresentou uma carência na realização da sorologia, a partir dos dados coletados observou-se que essa carência vem a partir da não solicitação nas receitas durante o pré-natal, sendo um exame de grande importância. Em relação ao alto índice de exames que não foram realizados pelas gestantes, é decorrente muitas vezes pela não solicitação durante o pré-natal. A maioria das gestantes são atendidas pelo hospital e postos públicos do município e frequentemente não são acompanhadas por um profissional de obstetrícia, este profissional é especialista em cuidar do desenvolvimento do feto e dar assistência à mulher no período da gravidez, sendo o responsável pelo pré-natal da gestante. E é de extrema importância que os profissionais da saúde e os gestores estejam envolvidos diretamente no desenvolvimento de estratégias, visando à melhoria da qualidade do serviço prestado, evitando possíveis complicações materno-fetal.


Palavras-chave


Epidemiologia; Sífilis; Sífilis gestacional.