Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-01-26
Resumo
Apresentação: O analfabetismo é um problema social que afeta a vida de milhões de pessoas em todo mundo. Jovens adultos e idosos analfabetos, encontram diariamente dificuldades em relacionar-se socialmente, conseguir emprego e até mesmo entender as informações dadas pelos profissionais de saúde a respeito de sua saúde, tratamento e prevenção doenças. Diante disso observa-se a necessidade do profissional de saúde estar atento as limitações de seus pacientes e adequar sua linguagem tornando suas orientações compreensíveis. Este trabalho tem o objetivo de relatar a estratégias utilizada por acadêmicas de enfermagem para facilitar o uso de medicamentos prescritos para a terapia de hipertensão, a um usuário idoso analfabeto. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, ocorrido durante as práticas na disciplina de Atenção Integral à Saúde do Adulto e Idoso da Universidade Federal do Pará/UFPa, em uma unidade de saúde do município de Belém/Pa. No último dia de prática as acadêmicas de enfermagem elaboraram um esquema ilustrativo para um idoso com dificuldades na identificação dos medicamentos anti-hipertensivos e hipoglicemiantes e sua administração nos períodos do dia, por não saber lê e ter dificuldade em ver as horas, resultando em níveis pressóricos alterados impedindo-o de realizar uma cirurgia, que já havia sido remarcada devido a hipertensão. As alunas fizeram um esquema com os horários para tomada dos medicamentos da seguinte forma, os horário da manhã e noite foram representados respectivamente, pelos desenhos de um sol, uma lua, estrelas e relógios marcando as horas corretas para se tomar o medicamento anti-hipertensivo e após o almoço representados pelos desenhos de um garfo e uma faca para tomar o medicamento hipoglicemiante. Também foram desenhados as cartelas dos medicamentos, para facilitar a identificação dos mesmos. Com esse instrumento as acadêmicas explicaram como tomar os medicamentos na hora certa e também orientaram o paciente a guarda-los em um local de fácil acesso e colocar o esquema em um local visível como, por exemplo, na porta da geladeira. Resultados e/ou impactos: Após as orientações foi pedido ao paciente que explicasse como deveria tomar os medicamentos, sendo que o mesmo pôde descrever todos horários e os medicamentos corretamente. Considerações finais: A comunicação é uma ferramenta fundamental no processo do cuidado e para sua eficácia, o profissional de saúde deve utilizar uma linguagem adaptada para cada cliente e caso se necessário criar ações e estratégicas que facilitem a compreensão e adesão ao tratamento e prevenção pelos pacientes.