Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A UTILIZAÇÃO DE CRÂNIOS EM GESSO COMO MÉTODO ALTERNATIVO NO ENSINO DA ANATOMIA HUMANA
Rodrigo Pereira, Ramon Repolês Soares, Rogério Pinto, Rayla Amaral Lemos, Deíse Moura de Oliveira

Última alteração: 2018-01-22

Resumo


Apresentação: a busca por métodos e inovações no ensino superior tem como objetivo principal  qualificar a formação profissional, estimulando a criticidade e criatividade dos estudantes. O ensino das ciências morfológicas na área da saúde, tem enfrentado dificuldades no tocante à aquisição de peças anatômicas humanas, o que remete à necessidade de buscar alternativas para viabilizar o ensino nesta área de conhecimento. Nesta perspectiva, o presente estudo tem como objetivo avaliar a utilização de modelos de crânio em gesso confeccionados artesanalmente em comparação aos modelos de crânios humanos e sintéticos no ensino da anatomia humana. Desenvolvimento do trabalho: trata-se de uma pesquisa experimental quantitativa. A mesma foi realizada no período de fevereiro a maio de 2015 com 175 alunos inscritos nos cursos de fisioterapia, enfermagem, nutrição e farmácia de uma instituição de ensino superior (IES) privada, situada na Zona da Mata de Minas Gerais. Como critério de inclusão no estudo estabeleceu-se que os participantes deveriam estar cursando no momento da coleta de dados as disciplinas de anatomia humana e/ou anatomofisiologia, nos turnos diurno ou noturno. Para a realização do estudo foi confeccionado um modelo anatômico artesanal de crânio humano, tendo como material principal o gesso. Cabe ressaltar que os estudantes foram divididos em um grupo estudo (que utilizou o crânio em gesso no ensino da anatomia humana) e um grupo controle (que não utilizou o crânio em gesso). O grupo estudo respondeu inicialmente a um questionário de percepção comparativa de aceitabilidade dos modelos de crânios utilizados nas aulas práticas no laboratório de anatomia humana – de gesso (confeccionado para o estudo), sintético e humano – de forma a se verificar qual o modelo anatômico de crânio foi mais eficaz para o ensino.  Posteriormente foi aplicada uma prova prática contendo questões abertas relacionadas às estruturas do crânio humano, no grupo estudo e controle, de modo a comparar se houve diferença na apreensão do conhecimento entre os grupos. Os resultados obtidos dos grupos estudo e controle foram cadastrados e tabulados por meio do software Excele calculadas as frequências absolutas e relativas para os parâmetros coletados, valendo-se do pacote estatístico Sistema para Análises Estatísticas SAEG (2007), versão 9.1. A presente pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética da IES cenário do estudo, inscrita sob o Parecer No059/2014-II. Resultados/impactos: a análise dos dados coletados referentes ao questionário de percepção identificou que 90,86% dos alunos tiveram mais facilidade em aprender pelo crânio artisanal se comparado aos modelos de crânio humano (5,71%) e sintético (1,71%), sendo que 1,71% foi indiferente. Com relação às proporções nos valores das notas das provas práticas, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Considerações Finais:  apesar de não haver efeito significativo do uso do crânio artesanal em relação aos modelos de crânios humanos e sintéticos na aplicação das provas práticas evidencia-se que o modelo de crânio confeccionado figura como um método alternativo, de baixo custo e com aceitabilidade superior aos demais modelos anatômicos comumente utilizados no ensino de anatomia humana.



Palavras-chave


Anatomia Artística; Métodos; Ensino Superior