Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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CARACTERIZAÇÃO PROFISSIONAL DE ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO FEDERAL DO NORTE DO BRASIL
Dhiuly Anne Fernandes da Silva Pontes, Jouhanna do Carmo Menegaz, Anderson Junior dos Santos Aragão, Victoria Malcher Silva, Nathalia Karen Araújo Martins, Maria Clara Costa Figueiredo, Luciana Cristina Paiva Leal, Thais de Fátima Aleixo Correa

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


Apresentação: A era da globalização exige cada vez mais das organizações, agilidade e otimização dos seus recursos. Para tanto é necessário que haja modernização na dinâmica de trabalho. Deste modo, o cenário atual requer modelos de gestão com mais ênfase nas pessoas, pois organizações são constituídas por grupos de pessoas que se unem em prol de atingir determinados objetivos comuns, ou seja, as pessoas são as principais responsáveis pelos resultados organizacionais. Pensando nas pessoas, mas desta vez não nas que estão dentro da organização, mas as a quem a organização atende, ressalta-se a pertinência de modelos de gestão que também estejam em consonância com as necessidades dos usuários dos serviços públicos, que buscam cada vez mais, qualidade, eficiência e transparência nas ações da Administração Pública. Na perspectiva de oferecer qualidade ao usuário através de um modelo de gestão que enfatiza as pessoas como o principal capital transformador, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), criada em 2011 pelo governo federal, vem modernizando a administração dos hospitais universitários federais, proporcionando ao gestor ferramentas que permitem conhecer o perfil dos servidores, e mediante isso criar estratégias para conduzi-los ao alcance dos objetivos e metas organizacionais. Tais estratégias dialogarão com a introdução da gestão por competências e da educação permanente em saúde.  Nesse contexto, caracterizar a formação e o trabalho dos profissionais é de extrema relevância para o serviço, como um primeiro passo deste processo, pois permite reconhecer elementos do estado atual capaz de orientar a criação de estratégias que visem a construção do comportamento profissional ideal desejado pela a organização e necessário para a execução das funções dos trabalhadores. Neste trabalho apresenta-se a caracterização profissional de enfermeiros, categoria profissional de maciça presença, que atua direta e indiretamente na promoção e recuperação à saúde dos pacientes que necessitam de atendimento nas diversas especialidades oferecidas por um hospital universitário de grande porte. Neste sentido, este trabalho objetiva caracterizar enfermeiros quanto ao tempo de experiência profissional em um hospital universitário federal do norte do Brasil. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de recorte de estudo exploratório com abordagem quantitativa que compõe o macroprojeto intitulado “Gerenciamento em enfermagem: novas abordagens de formação e trabalho em universidade pública e hospitais de ensino”. Dentre os objetivos do projeto destaca-se: caracterizar a formação e trabalho dos enfermeiros e mapear as competências necessárias ao enfermeiro que atua no hospital universitário. A amostra que forneceu dados para a construção deste resumo foi de conveniência, pois o levantamento dos dados aqui apresentados ocorreu durante a construção de um rol de competências.  Quarenta enfermeiros responderam questionário com questões abertas e fechadas no mês de maio de 2017. Foram variáveis de interesse: o tempo de formado e o tempo de atuação como enfermeiro no hospital universitário. Vale ressaltar que no presente estudo utilizou-se a amostra por conveniência, técnica que consiste em selecionar uma amostra do público-alvo da pesquisa que seja acessível, selecionados em decorrência de sua disponibilidade, interesse e aceitabilidade em colaborar com o trabalho cientifico proposto. A análise dos dados empregada foi a estatística descritiva, com cálculos de frequência absoluta e relativa. Resultados: Antes da descrição das variáveis, serão apresentados alguns dados gerais da amostra constituída por 40 enfermeiros, com idade que variou entre 25 a 62 anos. No que concerne ao gênero, 87,5% (35/40) pertenciam ao feminino enquanto que apenas 12,5% (05/40) era masculino. Separando-se a amostra por cargo de atuação no hospital, obteve-se dados referente a enfermeiros assistenciais que representam 75% (30/40) da amostra absoluta, e dados referente à enfermeiros que assumem cargo de gerencias, o equivalente à 25% (10/40) do total absoluto. Referente aos enfermeiros assistenciais, o tempo de formação destes profissionais varia em quatro intervalos: 0-10 anos, 11-20 anos, 21-30 anos e 31- 40 anos, sendo que a proporção de profissionais que se inseriram em cada intervalo foram: 13,33% (4/30); 56,66% (17/30); 13,33% (4/30); e 16,66% (5/30), respectivamente. Destes, 43,33% (13/30) possuíam entre 11-20 anos  de experiência profissional na instituição pesquisada,  sendo que os demais 56,66% (17/30) possuíam tempo de experiência profissional entre os intervalos 0-10 anos, 21-30 anos e 31-40 anos, distribuídos em termos quantitativos em 33,33% (10/30), 16,66% (05/30) e 6,66% (02/30), nessa ordem. Para análise dos enfermeiros gerentes seguiu-se a mesma distribuição de intervalos de tempo anterior: 0-10 anos, 11-20 anos, 21-30 anos e 31- 40 anos, sendo o quantitativo proporcional inserido em cada intervalo equivalente a: 10% (1/10), 40% (4/10), 40% (4/10) e 10% (1/10), nesta ordem. Em termos de experiência profissional na instituição, 50% (5/10), 40% (4/10) e 10% (1/10) referiram possuir entre: 11-20 anos, 21-30 anos e 0-10 anos de experiência, respectivamente. Considerações Finais: Os dados relativos à caracterização profissional dos enfermeiros de um hospital universitário federal revelam população heterogênea em relação a idade, com predominância de profissionais do gênero feminino. Ao analisarmos o tempo de formação profissional observamos que o de enfermeiros gerenciais estão formados a mais tempo quando comparados aos enfermeiros assistenciais, visto que apenas 29,99% (9/30) dos enfermeiros assistenciais possuem mais de 20 anos desde sua última formação, valor numérico que se eleva para 50% (5/10) quando referente aos enfermeiros gerenciais. Quando comparamos o tempo de experiência profissional na instituição nota-se que 66,66% (30/30) dos enfermeiros assistenciais possuíam mais de 10 anos de experiência,  valor quantitativo ainda menor quando confrontado com o obtido dos enfermeiros gerenciais, nos quais apenas 90% (09/10) possuem mais de 10 anos de serviços prestados na área de atuação no hospital em questão. Nesse âmbito, vale ressaltar que é através da formação acadêmica e profissional somada à experiência profissional na instituição que o indivíduo como pessoa e profissional irá desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para se prestar assistência de qualidade aos usuários e/ou criar um ambiente propício para o exercício da enfermagem. Desse modo, no âmbito das competências exercidas pelos enfermeiros, a pesquisa em questão possui grande relevância no que tange ao gerenciamento do capital humano, ao pensar nas pessoas, tanto interna da organização, como as que a organização atende, visto que proporciona um norte que irá subsidiar o aprimoramento da gestão de qualidade por meio de estratégias que perpassaram pela introdução e aplicação da gestão por competências e da educação permanente em saúde.


Palavras-chave


Caracterização; Gestão por Competência; Pessoas; Enfermagem