Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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DIAGNÓSTICO COMUNITÁRIO ATRAVÉS DO MÉTODO DE ESTIMATIVA RÁPIDA PARTICIPATIVA: DANDO VOZ À COMUNIDADE E OLHOS AO TERRITÓRIO.
Robson Diego Calixto, Fernanda Farago Zanlorenzi, Rafael Gomes Ditterich, Marilene da Cruz Magalhães Buffon, Cesar José Campagnoli, Julio Cezar Sandrini

Última alteração: 2018-01-02

Resumo


O Método da Estimativa Rápida Participativa é uma forma econômica e rápida de realizar um diagnóstico comunitário, que abrange mais do que uma análise de dados demográficos e de saúde, mas também um olhar sobre o território estampado em relatos de campo e a participação social pela aplicação de questionários com informantes-chave da comunidade. O desenvolvimento deste trabalho foi voltado para uma questão muitas vezes negligenciada: a abordagem comunitária. A comunidade é como um organismo, com corpo e funcionamento próprios. Assim, é necessário olhar para ela, escutá-la, examiná-la, analisá-la, e com ela dialogar. Esse método é baseado num tripé, em que os dados demográficos e de saúde, são apenas um dos pés. O outro é o olhar sobre o território, estampado em forma de relatos de campo e o outro é a participação comunitária, através da resposta a questionários por alguns informantes-chave. Para a captação de dados demográficos e de saúde, foram usados dados primários e secundários, do IBGE e na página da prefeitura de Ponta Grossa na internet. Para a parte das entrevistas, o maior desafio foi a confecção do questionário, onde foram incluídas perguntas abertas e fechadas sobre a história da comunidade, o ambiente físico, a prestação de serviços, a avaliação de saúde e identificação de resiliência comunitária. Dos resultados dos questionários, como maiores problemas, foram citados educação, saúde e lazer. O transporte também foi citado. A identificação dos agravos em saúde foi bem compatível com a realidade nacional, contudo a maioria não citou as doenças mentais e os casos de violência, o que pode significar que ainda não relacionem isso ao conceito de saúde. Em relação a resiliência, a maioria tinha orgulho de onde morava, e identificaram características específicas da área. Ao final da aplicação, foi realizada uma avaliação subjetiva da aplicação. Ficou evidente que o que a população identifica como problema, não é exatamente o que muitas vezes o profissional de saúde identifica, e por 0isso a importância dessa investigação com a participação comunitária. Isso ajuda a nortear o planejamento a curto, médio e longo prazo, levando muito em conta essa identificação dos agravos pela população. Foi possível perceber que essa interação com a comunidade é benéfica em vários níveis do planejamento e sempre que possível à escuta da comunidade para a programação de qualquer atividade deve ser utilizada.


Palavras-chave


Planejamento; Saúde; Comunidade; SUS.