Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE A CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS
ROCILDA Castro Pinho, Mônica Oliveira Silva Barbosa, Vanessa de Sousa Silva, Maricélia Tavares Borges Oliveira

Última alteração: 2018-01-06

Resumo


Apresentação: A infância apresenta questões inerentes à construção do indivíduo, por esse motivo tornou-se objeto de estudo para profissionais da saúde e acadêmicos, que desenvolvem um olhar holístico nos cuidados dispensados em todo o seu ciclo. Contudo, quando a criança é submetida a situações de privações severas, seja a nível emocional ou material, o seu potencial de desenvolvimento pode não se realizar de maneira natural, prejudicando o processo de desenvolvimento infantil. Situações com esse contexto podem ser percebidas em crianças institucionalizadas, fazendo com que estas, além dos diferenciais psicossociais, desenvolvam alterações relacionadas ao processo saúde/doença, higiene e autocuidado, tornando-as mais vulneráveis a patologias, inclusive as infectocontagiosas. Mediante a situação de vulnerabilidade, que essas crianças estão expostas, o estudo teve como objetivo implementar ações educativas para estimular a socialização e a promoção de saúde de crianças institucionalizadas, buscando reduzir os agravos e favorecer a qualidade de vida para estes indivíduos ao longo do seu processo de desenvolvimento, contribuindo com a integralidade do cuidado. Metodologia: O presente estudo consiste em um relato de experiência de acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão a partir de visitas feitas à uma Instituição que abriga crianças numa cidade do interior do Maranhão, durante as atividades práticas da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento, no período de 01 a 14 de julho de 2016. Respeitando a peculiaridade das crianças foram utilizados de recursos educativos como teatro de histórias infantis, com personagens caracterizados como forma de atrair a atenção do público infantil, com também músicas, danças, jogos, dinâmicas e brincadeiras trazendo a temática da higiene oral, lavagem de mãos, conhecimentos acerca do autocuidado e preservação da saúde. Foi ainda utilizada como estratégia de incentivo, a distribuição de kits de higiene bucal exemplificando o correto uso de todos os materiais. Resultados: As atividades de educação em saúde contribuíram para estimular a promoção de saúde, a prevenção de doenças e a participação dessas crianças nos assuntos relacionados à saúde e a qualidade de vida. As ações visaram ensinar e sensibilizar não só as crianças institucionalizadas, mas também os profissionais responsáveis pelo cuidado de todas elas, pois sem o apoio destes, a continuidade das práticas ensinadas e os resultados esperados não seriam alcançados.  Considerações Finais: O desenvolvimento deste trabalho contribuiu para valorização da importância de se trabalhar a educação em saúde entre crianças institucionalizadas, a fim de minimizar a incidência de doenças relacionadas à falta de higiene pessoal, além de proporcionar uma melhor interação dessas crianças com intuito de amenizar os impactos psicológicos decorrente do histórico familiar e o ambiente de inserção das mesmas. Sobretudo, compreendendo que a interrupção brusca, permanente ou não dos laços afetivos interferem no processo de desenvolvimento e no seu estado de saúde emocional, comportamental e física.


Palavras-chave


Crianças institucionalizadas; Educação em saúde; Promoção de saúde; Integração social; Qualidade de vida.