Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ÁREAS DO CONHECIMENTO DE PROFESSORES DE ENFERMAGEM DE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL
Elaine Ângelo Zagalo, Jouhanna do Carmo Menegaz, Suzayne Naiara Leal

Última alteração: 2018-01-06

Resumo


Apresentação: O avanço da ciência e da tecnologia vem se intensificando progressivamente no mundo, e com isso as informações, dados e conhecimentos são cada vez mais amplos no que tange o estudo e a pesquisa. A complexidade de delimitar o estudo em uma área de conhecimento torna-se um desafio quando pensamos na interdisciplinaridade e no universo do conhecimento, muitas vezes restando a aproximação da área de conhecimento, a melhor proposta para classificar um trabalho¹. Em maio de 2013, em Brasília, aconteceu um seminário que abordou a discussão das divisões das subáreas da enfermagem, organizado pelos membros do Comitê de Assessoramento da Área de Enfermagem do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – (CA-EF)¹. A delimitação que as áreas de conhecimento nos trazem é uma grande possibilidade para o entendimento de uma área ainda maior, permitindo uma uniformidade na abordagem e muitas vezes um auxílio didático para compreender a amplitude da mesma. Recorrendo a isso, Oliveira propõe uma tabela de classificação por área de conhecimento como alternativa a proposta de divisão por área do CNPq, tendo por base a enfermagem como grande protagonista, vendo nesta, a ampla abrangência e grande necessidade de ser subdividida para buscar objetivar a pesquisa dentro da mesma, resultando na divisão das sete áreas de conhecimento da enfermagem, a saber: enfermagem em saúde do adulto e do idoso; enfermagem em saúde da mulher; enfermagem em saúde da criança e adolescente; enfermagem em saúde mental; enfermagem em saúde coletiva; enfermagem fundamental; e enfermagem na gestão e gerenciamento¹. Encontrou-se nestas subdivisões aquilo que a enfermagem trás de mais expressivo quando se trata da pesquisa e da produção do conhecimento. É importante ressaltar que o reconhecimento dessas áreas foi proposto a partir de quatro princípios, são eles: princípio da autonomização de campos de conhecimento; princípio da realidade; princípio epistemológico e o princípio de campos emergentes¹, sendo importante dizer que este último precisa estar relacionado com os três primeiro para um melhor resultado e compreensão. Partindo do entendimento que cada área tem sua especificidade, subtende-se a necessidade de subdivisão para um resultado mais classificatório e delimitado na pesquisa, permitindo a abrangência na totalidade da área que é a enfermagem e a especificidade das subáreas que a abrangem. Diante disso, esse resumo tem por objetivo caracterizar na região centro – oeste do Brasil, os professores de enfermagem de instituições públicas, por área de conhecimento. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de um recorte da etapa de identificação de professores por área de conhecimento do projeto multicêntrico intitulado “Ação e Raciocínio Pedagógico de Professores de Universidades Públicas em Áreas do Conhecimento de Enfermagem”, aprovada pelo comitê de ética em pesquisa CAAE nº 66725117.4.0000.5172. A identificação foi realizada no período de maio a outubro de 2017, através de 3 etapas: levantamento na plataforma e- Mec, das instituições públicas de ensino superior do Brasil que ofertam o curso de enfermagem; pesquisa nos sites das instituições de ensino superior (IES) para a identificação do corpo docente; e análise do currículo Lattes para a definição dos professores por área de conhecimento. É válido ressaltar, que as listas do corpo docente que não estavam disponíveis no site da instituição, foram solicitadas no mês de julho, por e-mail à coordenação ou secretaria da faculdade, com prazo de 30 dias para devolução. As IES que não disponibilizaram o corpo docente no site ou não enviaram resposta, foram excluídas. A etapa 3 contou com um processo de exclusão desses professores, visando uma delimitação e um perfil para os participantes, com cinco critérios específicos para esta exclusão, são eles: Professor não enfermeiro; lattes desatualizado; professores não efetivos; lattes não encontrado e, professores enfermeiros, mas que ministram aulas nas disciplinas básicas, os professores que se encaixam em algum desses critérios foram excluídos do estudo. A partir da definição dos professores nas suas respectivas áreas de conhecimento, buscou-se sintetizar os resultados e caracterizar o enfermeiro docente dentro da sua área de formação. Resultados: Quanto ao número de Instituições de Ensino Superior da região Centro-oeste foram encontradas 20 instituições, sendo (11) estaduais e (10) federais. No entanto, das (21) IES somente (17) disponibilizaram seu corpo docente, sendo incluídas neste estudo. Quinhentos e dois foi o quantitativo total dos professores de enfermagem da região, divididos da seguinte forma: Estado de Goiás (102), e Estado do Mato Grosso do Sul (123), Distrito Federal (137), e Estado do Mato Grosso (140). Dentre o total de professores da região Centro-oeste cerca de 7% são da área de Saúde Mental, 9% da área de Gestão e Gerenciamento, 11% de Saúde da Criança e do Adolescente, 12% de Saúde da Mulher, 14% de Enfermagem Fundamental, 23% de Saúde do Adulto e do Idoso e 24% de Saúde Coletiva. Quanto aos professores excluídos o total foi de (141), sendo 1,5% de professores enfermeiros, mas que ministram aula em disciplinas básicas, 9, 5% com Lattes desatualizado a mais de 5 anos, 23, 2% de professores não efetivos e, 55, 3% de professores não enfermeiros. Considerações finais: Com base nos dados, percebemos o número reduzido de professores na área de Saúde Mental e Gestão e Gerenciamento, observamos que mais de 50% dos professores excluídos enquadram-se no critério “Não é enfermeiro”, onde contamos com cinco critérios de exclusão, concluindo uma possível vulnerabilidade na formação acadêmica/profissional do enfermeiro, ponderando o fato de que as competências e habilidades são específicas e diferenciadas dentro desta área de formação. Contudo, após esse movimento de caracterização que essa etapa nos permite, daremos prosseguimento as próximas etapas do projeto com o intuito de descrever os construtores de Shulman que são: as fontes de conhecimento base, categorias de conhecimento e o modelo de ação e raciocínio pedagógico² a partir de cada área de conhecimento caracterizada nesta etapa. Considerando que cada área dentro da enfermagem tem sua especificidade, buscaremos descrever através dos construtores de Shulman, as especificidades de cada área subdividida nesta etapa. Sendo assim, destacamos que cada etapa não é considerada mais ou menos importante, mas sim fundamental, para que o objetivo final pensado neste projeto possa ser alcançado, e em destaque trouxemos esse recorte priorizando a etapa vigente.


Palavras-chave


Enfermagem; Formação Docente; Prática Docente