Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM TRABALHADORES DA INDÚSTRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: PREVALÊNCIA, CONTROLE E CONHECIMENTO
Paula Brustolin Xavier, Anderson Garcez, Antonino Germano, Gabriela Herrmann Cibeira, Maria Teresa Anselmo Olinto

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


Apresentação: O objetivo deste estudo foi descrever a prevalência de hipertensão arterial sistêmica em trabalhadores da indústria do estado do Rio Grande do Sul, com ênfase no seu grau de conhecimento e controle. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo transversal com dos dados do “Projeto Coração”, realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI-RS) no período de 2006 a 2009. Um total de 20.788 trabalhadores industriários de 18 a 59 anos de idade e de ambos os sexos participaram do estudo. A presença de hipertensão arterial sistêmica foi definida pela pressão arterial ≥ 140/90 mmHg ou uso atual de anti-hipertensivos, sendo esta determinada por meio da mensuração dos níveis tensionais sistólicos e diastólicos utilizando-se de aparelho esfigmomanômetro do tipo aneróide, previamente testado e calibrado. As análises foram estratificadas por sexo e idade e utilizou-se teste de Qui-quadrado de Pearson para heterogeneidade de proporções.Resultados: A média de idade da amostra foi de 32,8 anos (desvio padrão ±9,8) e 59,4% era composta por homens. A prevalência de hipertensão arterial sistêmica foi de 12,2% dentre o total de trabalhadores, sendo esta maior entre as mulheres (14,6%) do que nos homens (10,6%). Em relação ao nível de conhecimento e controle da hipertensão arterial sistêmica, verificou-se que 54,1% desconheciam ser hipertensos e que 23,1% tinham conhecimento de ser hipertensos, mas não apresentavam níveis de pressão arterial controlados no período de avaliação deste estudo. Tanto o desconhecimento quanto o não controle da doença foram maiores entre os homens do que nas mulheres, 57,7% vs. 43,3% e 30,8% vs. 14,8%, respectivamente. Ademais, observou-se um aumento do não controle da hipertensão arterial conforme o aumento da idade do trabalhador, assim como apenas 32,9% dos hipertensos relataram fazer acompanhamento médico.Considerações: Uma prevalência significativa de hipertensão arterial sistêmica foi verificada entre os trabalhadores deste estudo. Ainda, observou-se uma alta ocorrência de desconhecimento da doença, assim como do nível de não controle da hipertensão arterial sistêmica. Ações de educação em saúde junto aos trabalhadores podem auxiliar no controle e prevenção de futuras complicações na saúde desses.


Palavras-chave


Hipertensão Arterial Sistêmica; Saúde do Trabalhador;Educação em Saúde.