Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA NO PARTO INDUZIDO
Vivian Rodrigues, Elen Petean, Luiza Heloá

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


INTRODUÇÃO: O trabalho de parto (TP) compõe um evento natural, com ocorrência espontânea, entretanto, existem situações em que este curso natural é afetado, dentre eles, a ruptura prematura de membranas (RPM) ou aminiorexe prematura. OBJETIVO: Buscou-se caracterizar a assistência obstétrica na situação da indução do parto por rotura prematura de membranas, a partir da vivência de uma usuária de uma Maternidade pública de Porto Velho-RO. MÉTODO: Estudo de caso, de abordagem qualitativa, aprovado no CEP sob o parecer 1.806.372. O corpus foi composto pela estratégia da história de vida, operacionalizada por entrevista semiestruturada, realizada em fevereiro de 2017 com uma puérpera que teve parto vaginal induzido devido a RPM. RESULTADOS: A demora para o atendimento e início das condutas profissionais, foram mencionados como fatores negativos na assistência. Além disso, a pouca informação oferecida pelos profissionais sobre o procedimento de indução do parto, que foi sua única opção diante da RPM, bem como a falta de explicitação de outras alternativas terapêuticas, mostrou-se uma fragilidade da assistência, pois demonstra a falta de liberdade de escolha pela parturiente.  Assim, sua autonomia no processo de parturição ficou fragilizada, o que se evidencia pela expressão repetida do verbo “mandaram” na narrativa sobre seu parto, inclusive em relação ao uso de estratégias não farmacológicas para alivio da dor, que foram impostas a ela como benéficas, nem sempre considerando o seu desejo de utilizá-las.CONSIDERAÇÕES FINAIS: A assistência profissional ao parto induzido na maternidade pública mostrou-se fragilizada no que se refere a humanização do nascimento. A mulher não participou da escolha pela indução do parto, esta feita pelo profissional sem oferecer a mulher subsídios para sua participação na decisão. Ainda, a limitação da informação sobre como seria desenvolvida a indução dificultou o seu protagonismo neste processo. Apesar disso, alguns aspectos de seu TP evidenciaram posturas humanística. Faz-se então necessária uma mudança nesse quadro por meio de condutas éticas profissionais visando a participação integral da mulher e a corresponsabilidade na tomada de decisões.

Palavras-chave


Trabalho de parto induzido; Assistência ao parto; Humanização do parto.