Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ABORDAGEM SOCIOEDUCATIVA DA EXPLORAÇÃO SEXUAL: UM OLHAR DIFERENTE PARA AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Lara Monteiro Cardoso, Antonia Irisley da Silva Blandes, Cristiano Gonçalves Morais, Herman Ascenção Silva Nunes, Renan Fróis Santana, Andreza Dantas Ribeiro, Brenda dos Santos Coutinho, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício

Última alteração: 2018-01-06

Resumo


Apresentação: A exploração sexual e o abuso sexual de crianças e adolescentes são assuntos que tem ganhado maior visibilidade nos últimos anos, principalmente no que condiz ao incentivo de ações com finalidade de sessar e coibir este tipo de ato. Com relação a isto, este trabalho teve por objetivo relatar a experiência de docentes e discentes de enfermagem durante a aplicação de uma ação socioeducativa acerca do tema exploração sexual, com a observação voltada para a percepção dos beneficiados com a atividade, os estudantes da modalidade regular de ensino e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por discentes e docentes de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus XII, em maio de 2017, durante ação socioeducativa em uma escola de ensino fundamental do município de Santarém, estado do Pará, com alunos da modalidade regular de ensino e EJA. A respectiva instituição de ensino está localizada na região de planalto e a ação foi desenvolvida em parceria com uma empresa agrícola associada ao programa “Na mão certa”. A abordagem junto aos participantes dividiu-se em dois momentos, no primeiro momento foi realizada uma palestra a respeito do tema exploração sexual para os alunos e, em seguida houve o debate sobre o tema em roda de conversa. Resultados e/ou impactos: Participaram da palestra e da roda de conversa, 52 alunos com faixa etária entre 14 e 48 anos de idade, de ambos os sexos. Para nortear e dinamizar as conversas foram empregadas quatro perguntas norteadoras, sendo elas: “O que eles entendiam por exploração e abuso sexual?”, “O que seria prostituição infanto-juvenil?”, “Já viram ou foram aliciados por alguém?” e “O que fazer diante de uma situação desse tipo?” Observou-se que a maioria dos estudantes já tinha ouvido falar do tema em questão, no entanto não sabiam diferenciar abuso sexual de exploração sexual. Outro ponto que mereceu destaque durante a conversa foi a respeito do que eles entendiam sobre o termo “prostituição”, pois embora soubessem o significado literal da palavra, não sabiam a aplicabilidade deste termo, quando se trata de crianças e adolescentes. Em relação à questão se já viram ou se já foram aliciados, a maioria disse que já viram ou conheceram alguém que recebeu o “convite”. A respeito do que deve ser feito diante de uma situação desse tipo, grande parte não sabia informar para quem deveria ser notificada a situação. Considerações finais: Foi possível observar dificuldades no entendimento de conceitos pertinentes ao tema por grande parte dos jovens, acerca disto quando se trata de qualquer tipo de abuso que envolva crianças e adolescentes torna-se fundamental o esclarecimento dentro das escolas como método de prevenir que este tipo de crime aconteça, através da sensibilização da vítima, para que a mesma não possua medo e denuncie.

 


Palavras-chave


Educação em saúde; violência; enfermagem