Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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O LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Risângela Pantoja, Franciane do Socorro Rodrigues Gomes, Franciane do Socorro Rodrigues Gomes, Juliete Nobre dos Santos Silva, Juliete Nobre dos Santos Silva, Brenna Marcela Evangelista Baltazar, Brenna Marcela Evangelista Baltazar, Érica de Kassia Costa, Érica de Kassia Costa Gonçalves, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Lisandra Cristina Barbosa Gomes, Felipa Mahira Calandrini Tembé, Felipa Mahira Calandrini Tembé, Gabriela Farias de Lima, Gabriela Farias de Lima

Última alteração: 2018-01-26

Resumo


INTRODUÇÃO: A promoção da saúde se faz através da educação, da adoção de modos de vida saudáveis, do desenvolvimento de habilidades e capacidades individuais e da produção de um ambiente saudável. Sendo assim, observa-se uma oportunidade para a enfermagem atuar como educadora em saúde com o objetivo de ensinar o autocuidado, de forma a garantir a promoção da saúde e a prevenção de agravos. Nesse contexto, vê-se a oportunidade de, através da extensão universitária, aproximar o acadêmico à realidade da comunidade na qual a universidade encontra-se inserida, não apenas para colocar em prática seus conhecimentos, mas também para levar este até a comunidade, além de proporcionar o enriquecimento do saber dos alunos através da interação com a população, para que essa interação ocorra. Sousa (2000) afirma que a extensão é o instrumento necessário para que o produto universidade - a pesquisa e o ensino - esteja articulado entre si e possa ser levado o mais próximo possível das aplicações úteis na sociedade e, ainda, que a universidade deve estar presente na formação do cidadão, dentro e fora de seus muros. De acordo com Silva (1996), extensão universitária é a chance que o acadêmico tem de contribuir com a sociedade, socializando o saber diminuindo as barreiras existentes entre a universidade e a comunidade, trata-se da aplicação na prática do conhecimento adquirido em sala de aula. Dessa forma, objetivando a promoção e a prevenção da saúde da criança e consequentemente favorecendo a prestação do cuidado de enfermagem é que desejamos desenvolver atividades educativas a fim de fornecer as crianças participantes do projeto o conhecimento necessário para que aprendam a cuidar de seu corpo, seu ambiente para assim poder contribuir na preservação de sua saúde, dos seus familiares e da comunidade em que vivem. Com o inicio da vida acadêmica a enfermagem proporciona um leque de oportunidades em cujas quais a educação em saúde encontra-se intimamente inserida fazendo parte do cotidiano dos acadêmicos, seja no âmbito da atenção primária, em hospitais de médio e grande porte ou mesmo na academia. Portanto, a enfermagem enquanto educadora em saúde considera necessário a realização de ações educativas sobre saúde afim de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade a qual através da extensão esta inserida enfatizando a interação entre a universidade e a comunidade. As ações educativas que são realizadas com a ajuda de atividades lúdicas são fundamentais para o ensino-aprendizagem tanto de crianças quanto de jovens e adultos, por favorecer melhor compreensão de temas propostos além de tratar assuntos complexos que muitas vezes causam demasiado receio na população de forma mais acessível. É através das atividades lúdicas que a criança consegue se desenvolver com mais facilidade, pois existe uma interação e assimilação de determinados conteúdos vivenciados. Essa prática possibilita que os alunos exemplifiquem os contextos adquiridos. A inserção do lúdico no ensino torna-se de fundamental importância e é uma ferramenta imprescindível à qual os profissionais devem aderir com o intuito de conseguir uma produtividade por parte desses alunos recém-chegados a esse mundo (MATOS, 2013, p. 137). Com as atividades lúdicas é possível estimular o pensamento das crianças. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no uso de dinâmica lúdica para estimulação do processo de ensino-aprendizagem em saúde bucal em crianças de 06 a 10 anos de idade que são atendidas pelo projeto de extensão “Criando um espaço para desenvolvimento humano” da Faculdade de enfermagem da Universidade Federal do Pará. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência. O estudo foi realizado com crianças, estudantes de uma comunidade católica no bairro de Condor em Belém do Pará. A comunidade faz parte do campo de atuação do projeto de extensão: Criando um espaço para o desenvolvimento humano (PROCEDH) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Onde através de atividade lúdico-educativa foi abordado o tema PARASITOSE INTESTINAL com a utilização de um molde do aparelho digestivo confeccionado em E.V.A e TNT com o formato de uma camisa juntamente com o molde de uma Taenia solium e dois Ascaris lumbricóides em E.V.A para realização de atividade lúdica tipo construção coletiva onde através da dinâmica “A lombriga que todos temos” foram feitas várias perguntas sobre os tipos de parasitas que podem viver no corpo caso a pessoa não tenha bons hábitos de higiene e cuidados com a alimentação, o molde do aparelho digestivo foi vestido como uma camisa onde a solitária e as lombrigas foram coladas conforme eram explicadas as doenças causadas, recurso este que auxiliou com a visualização facilitando sua compreensão e tornando mais dinâmico o processo de ensino-aprendizagem sobre parasitose intestinal. RESULTADOS: Através da dinâmica “A lombriga que todos temos” cuja qual aborda os cuidados necessários para manter a saúde e bem estar do sistema digestivo e a prevenção de doenças como a teníase e a ascaridíase. Através desta dinâmica as acadêmicas evidenciaram um maior interesse pelas crianças cujas quais mostraram-se mais receptivas expressando suas dúvidas, mostrando que apesar da pouca idade (7 a 11 anos) compreendem que cuidar da saúde hoje irá prevenir doenças quando adultos e que cada um pode ser multiplicador de conhecimento. Tornou-se evidente a importância do lúdico no desenvolvimento e avaliação dos conteúdos, uma vez que possibilitou as acadêmicas participar ativamente na construção do conhecimento, através dos conteúdos, da reflexão e interação com as crianças, da mesma forma que podemos observar no estudo de Souza (2017) que considera a utilização do lúdico como ferramenta didática no processo ensino aprendizagem, possibilitando ao estudante o protagonismo na construção do seu conhecimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por se tratarem de crianças em fase escolar todos os temas abordados são desenvolvidos com ludicidade visando a melhor compreensão da criança, incentivando sua interação e a troca de saberes. Extratégia esta que tem se mostrado formidável juntamente com a utilização da metodologia ativa que busca colocar a criança como agente de seu aprendizado favorecendo melhor compreensão. Todas as atividades realizadas são aceitas e desenvolvidas com interação e curiosidade, onde as crianças são estimuladas a praticarem bons hábitos de higiene e estarem envolvidas no cuidada de sua saúde e bem estar. Por parte das acadêmicas, acredita-se que a maior dificuldade tenha sido a melhor forma de desenvolver as ações educativas uma vez que chamar a atenção de crianças na referida faixa etária torna-se deveras complicado considerando que atividades que demandam muito tempo ou que não se mostrem muito interessantes facilitam para o desinteresse não apenas de crianças, mas em outras faixas etárias ocorrendo o mesmo. Uma vez que a dinâmica da atividade encontra-se concluída, sua implementação torna-se deveras prazerosa sobretudo em meio as crianças, pois evidencia-se uma maior aproximação entre teorias e realidade além de evidenciar o real grau de aprendizagem da criança e proporcionar melhor compreensão por parte das acadêmicas acerca dos métodos de ensino.


Palavras-chave


Lúdico; Educação em saúde; Enfermagem.