Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Percepção do enfermeiro e acadêmico de enfermagem acerca de sexualidade humana e diversidade sexual
Júlio Cézar Pereira Fagundes, Uriel Madureira Lemos, Mainessa da Guia Rodrigues, Adriana Duarte de Sousa

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


APRESENTAÇÃO: Discutir sexualidade humana, há algumas décadas, era assunto difícil, pois o referencial teórico específico era escasso na literatura além de ser um tema ainda muito reprimido pela nossa sociedade e a repressão na educação sexual, desde a infância, acarreta sucessivos nós que vão se emaranhando e provocando esmagamento do nosso desenvolvimento e comportamento sexual. Na enfermagem, a sexualidade tem aparecido associada a tabus e preconceitos, que perpassam tanto a formação acadêmica quanto a prática profissional. Nesse sentido, compreende-se a necessidade de desvelar essa temática na formação acadêmica do enfermeiro, considerando que não há espaços de reflexão que tratem da sexualidade tanto dos estudantes de enfermagem quanto do sujeito cuidado. O objetivo deste estudo foi identificar as evidências da literatura sobre o entendimento de enfermeiros e acadêmicos de enfermagem acerca de sexualidade humana e diversidade sexual. DESENVOLVIMENTO: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que tem por finalidade reunir, a partir de busca sistemática e ordenada, as evidências disponíveis do tema investigado seguindo os critérios de inclusão (que atendessem aos descritores diversidade sexual, sexualidade e enfermagem; redigidos em português; que tivessem texto disponível na íntegra; que não cobrassem ônus; e qualquer limite temporal) e os critérios de exclusão (textos em idiomas além do português; que possuíssem somente o resumo disponível; que cobrassem ônus para emissão do texto completo; e que não atendessem aos descritores utilizados). Não foram estabelecidos limites quanto à data de publicação dos textos. A amostra constituiu-se de 10 artigos que foram analisados e dispostos em 9 categorias: Conceito de Sexualidade; Conceitos Limitados; Construção Sociocultural; Escassez de Dados de Pesquisas; Normas e Regras Sociais Relacionados à Construção Histórica da Profissão; Neutralidade e Assexualização; Práticas Preconceituosas na Assistência Integralizadas; Encampamento e Otimização da Prática de Enfermagem. RESULTADOS: Fora observado que os enfermeiros possuem pouco ou nenhum conhecimento sobre diversidade sexual, o que abrange gênero e sexualidade humana, bem como a pouca afinidade com a temática.  No âmbito educacional, existem lacunas por parte dos docentes, reflexo da falta de preparo que perpassa aos discentes. Na prática profissional, o reflexo deste impasse acarreta certas dificuldades para o atendimento de usuários que não estejam dentro do espectro cisheteronormativo. A melhora na assistência se dá a partir do preparo dos enfermeiros, através de informações, atualizações e qualificações adequadas. Enquanto na formação acadêmica, é preciso que seja oportunizado o autoconhecimento do discente e, também, incluído espaço para reflexão sobre diversidade sexual. CONSIDERAÇÔES FINAIS: O estudo de gênero e sexualidade humana, bem como o de diversidade sexual, é ferramenta fundamental para a quebra de preconceitos dentro da prática profissional, gerando um ambiente humanizado, respeitoso e acolhedor, capaz de aproximar o usuário do real sentido do Serviço Único de Saúde. Proporciona, também, o desenvolvimento do discente, ofertando espaço para conhecimento e discussão de conceitos.


Palavras-chave


Diversidade sexual, sexualidade e enfermagem