Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Incidência de sífilis congênita em uma maternidade pública de referência do Nordeste brasileiro
Mariana Borges Sodré Lopes, John Lennon da Silva Santos, Volmar Morais Fontoura, Marcela de Oliveira Feitosa, Iolanda Graeep Fontoura, Marcelino Santos Neto, Floriacy Stabnow Santos, Fernando Luiz Affonso Fonseca

Última alteração: 2018-05-03

Resumo


Introdução: A sífilis congênita é sem dúvida um indicador da qualidade da assistência pré-natal, já que é um agravo de saúde passível de prevenção por meio da identificação e tratamento adequado das gestantes infectadas e seu parceiro sexual ainda no pré-natal. E quanto antes for feito o diagnóstico da sífilis na gestação, menor será a chance de haver transmissão vertical para o concepto, desde que o tratamento seja feito corretamente e monitorado através dos testes sorológicos para sífilis. Acredita-se que anualmente ocorram aproximadamente cerca de 12 milhões de casos novos de sífilis congênita no mundo e que pelo menos meio milhão de crianças nasçam com a forma congênita, assim como a sífilis em gestantes, causem milhões de abortos, natimortos e malformações congênitas, sendo um grave problema de saúde pública, principalmente em países emergentes. Objetivo: Determinar a incidência sífilis congenita em uma maternidade pública de referência para a região sudoeste do estado do Maranhão, localizada em Imperatriz-MA. Métodos: Estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado de janeiro a dezembro de 2014. Dados obtidos a partir das fichas de notificação do serviço de vigilância epidemiológica do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz-MA, maternidade pública de referência para toda região. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Maranhão sob o parecer nº 161.895. Resultados e Discussão: O número de nascidos vivos em 2011, 2012, 2013 e 2014 foi respectivamente 6.132; 5.825; 6.155 e 6.465 crianças. Nos mesmos anos foram notificados 88; 71; 40 e 66 casos de sífilis congênita respectivamente. Encontrou-se que a incidência da sífilis congênita em 2011 foi 9,62 casos para cada 1.000 nascimentos. Em 2012 a incidência foi 11,9; em 2013 a incidência foi 6,4 e em 2014 10,2 por cada 1.000 nascimentos. A sífilis congênita é um grave problema de saúde pública, principalmente em países emergentes. Apesar do Ministério da Saúde ter proposto a eliminação da sífilis congênita até meados do ano de 2000, tal objetivo não foi alcançado, tampouco a meta de 1 caso para cada 1.000 nascidos vivos, uma vez que a ocorrência de sífilis congênita na maternidade pública de Imperatriz-MA foi superior a meta preconizada pelo Ministério da Saúde. É importante que a detecção dos casos de sífilis ocorra ainda no pré-natal, evitando assim a transmissão vertical para a criança. Conclusão: Concluiu-se que a incidência da sífilis congênita na presente casuística está muito acima da recomendação do Ministério da saúde. Diante disso se tornam necessárias medidas efetivas para o fortalecimento de políticas voltadas para a Atenção Básica, uma vez que essa é responsável para prevenir, diagnosticar e tratar os casos diagnosticados na gestação, visto que o processo de prevenção da sífilis congênita é feito por ações simples, eficientes e de baixo custo e dependem do diagnostico da sífilis entre as mulheres gestantes e seus parceiros.

 


Palavras-chave


congênita, Incidência, Maternidades.