Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2017-12-26
Resumo
Trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa descrevendo a importância da utilização das boas práticas durante a assistência à parturiente, tendo como objetivo analisar a importância da atuação da equipe de enfermagem em assegurar as boas práticas no trabalho de parto. A pesquisa se deu através de revisão integrativa de literatura que tem por finalidade reunir a partir de busca sistemática e ordenada, as evidências disponíveis do tema investigado, tendo como resultado final parâmetros atuais. Inicialmente definiu-se o tema do estudo e o objetivo, emergindo assim o questionamento norteador: Quais as relações da equipe de enfermagem com as boas práticas? Os critérios de inclusão para a busca de estudos foram no período de 2013 a 2017: trabalhos indexados na base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online (SciELO Brasil); utilização dos descritores “Assistência de Enfermagem”, “Boas Práticas”, “Cuidados de Enfermagem”, “Enfermeiras Obstétricas”, “Parto Nomal/Humanizado”, junto ao operador booleano AND; publicações em formato de artigos; artigos redigidos nos idiomas português, inglês e espanhol; artigos de no mínimo cinco anos de publicação. Foram excluídos os artigos que não responderam à questão norteadora do estudo. Desse modo, ao consultar as bases de dados, identificaram-se 115 estudos no BVS. A busca de artigos, conforme os critérios de inclusão e exclusão mencionados ocorreram no mês de Setembro de 2017, identificando-se uma amostra final composta de 17 artigos, sendo 3 do LILACS, 7 do SciELO Brasil e 7 BDENF. Estando disponíveis online e foram acessados via programa de biblioteca virtual de saúde (BVS), que se trata de uma rede de serviços para a obtenção de cópias de documentos técnico-científicos disponíveis em acervos de bibliotecas de todo o Brasil. Buscou-se fundamentar a discussão na síntese do conhecimento evidenciado nos artigos analisados sobre a temática, a fim de contribuir para se compreender sobre a importância da atuação da equipe de enfermagem em assegurar as boas práticas no trabalho de parto. Constatou-se que é primordial a atuação do profissional que tem por objetivo a humanização, com o intuito de desfragmentar a relação assimétrica entre a parturiente e os profissionais, que enfatiza o protagonismo da mulher no processo gravídico puerperal e permite o cumprimento de direitos da cliente, como a presença de acompanhante de sua escolha. Constata-se que quanto mais capacitado for o profissional e, maior a quantidade e qualidade de recursos para o desenvolvimento do trabalho, obtêm-se a oportunidade de transformar seu conhecimento em prática. Identificando os momentos críticos e pondo em praticas as intervenções necessárias para minimizar a dor do parto, estar ao lado, dar conforto, esclarecer, orientar, ajudar a parir e a nascer, tendo a finalidade de promover uma assistência humanizada e integral. Evidencia-se a grande importância da equipe em todo o processo, da admissão quando é feito o acolhimento, sendo passada todas as informações a parturiente e seu acompanhante, esclarecendo suas duvidas e limitando seus anseios, bem como no CPNI com o acompanhamento do desenvolvimento do trabalho de parto, fazendo valer seu conhecimento técnico científico, assegurando conforto, minimizando a dor e as intervenções medicamentosas, proporcionando um parto mais humanizado e seguro. Entretanto Brasil (2017) destaca que apesar dos avanços, as mulheres ainda são muito expostas a altos índices de intervenções, tais como episiotomia, o uso de ocitocina, entre outros.O presente estudo evidenciou momentos da evolução da história do parto desde o domicílio até a instituição, deixando de ser um evento fisiológico passando a necessitar cada vez de intervenções e medicalizações. Constatando mudanças com o passar do tempo através de movimentos em prol da humanização do parto. Como se pode observar, a utilização das boas práticas, ressaltando a importância das práticas humanizadas aos profissionais na obstetrícia como forma de devolver o controle do trabalho de parto à mulher. Este modelo do parto estabelecido pelo ministério da saúde ainda não está empregado como se recomenda fazê-lo, observando o aperfeiçoamento para obter um trabalho de parto sem violências e traumas, físicos e psicoemocionais. Diante do evidenciado conclui-se que o preparo dos profissionais de enfermagem para um parto humanizado é de suma importância para que as boas práticas sejam essenciais não somente no processo parturitivo, mas que venha a ser demonstrada também em todo o processo gravídico. São diversas as práticas consideradas humanizadas e colocadas como diretrizes nacionais de assistência ao parto normal. Assim ajuda a diminuir as práticas intervencionistas desnecessárias auxiliando na taxa da redução de cesarianas, promovendo segurança, bem estar físico, psicoemocional para a mulher.