Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Territorialização e Acesso aos Serviços de Oncologia na Região Amazônica
Márcia Godinho Guimarães, Hernane Guimarães dos Santos Jr, Kelliane Silva de Oliveira, Silvia Letícia Gato Costa

Última alteração: 2018-01-02

Resumo


O câncer é uma doença que acomete os tecidos e órgãos, provocando um crescimento anormal de células malignas comprometendo o funcionamento do organismo. O estilo de vida, fumo, álcool, condições de trabalho e a predisposição genética, são fatores de risco para o surgimento das neoplasias. Dentre os motivos que levam os pacientes acometidos pelo câncer a óbito, é o tratamento tardio, pela deficiência no acesso e precariedade nos serviços de saúde, acarretando em deslocamentos contínuos para atendimento e tratamento fora de domicílio. Atualmente, 12% das causas de morte no mundo e 16% no Brasil são causadas pelos diversos tipos de câncer. O estudo buscou relatar a história da territorialização do serviço de oncologia na região do Oeste do Pará.  Esta pesquisa foi realizada por meio de relato de experiência de profissionais de saúde que atuaram na região polo de referência e pautando-se em revisões bibliográficas sobre tema. A cidade de Santarém, localizada na região do Oeste do Pará, é sede do polo de referência da 9ª Regional de Saúde do Pará, e oferece para toda região do Oeste do Pará, serviços de baixa, média e alta complexidade,  e como principal instrumento o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), inaugurado em 28 de dezembro de 2006. Porém somente no ano de 2010, com a inauguração do parque radioterápico do Hospital, tornando-se referência para tratamento de neoplasias malignas em toda região norte do Brasil, reduzindo imensas distâncias entre o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes. Serve de referência para uma população de 1,1 milhão de pessoas, residentes em 20 municípios vizinhos a Santarém. Anteriormente à inauguração do Hospital, todos as pessoas que precisavam de diagnóstico e tratamento oncológico, deslocavam-se para as capitais do estado do Amazonas e do Pará, essas condições impostas aos pacientes, favorecia a progressão da doença, levando a metástase e consequentemente ao óbito. Com a consolidação do serviço oncológico, acarretou inúmeros avanços na territorialização da região e contribuiu para a organização do serviço local e regional, oferecendo acesso a serviços oncológicos no território, e consequentemente assegurar a universalidade, a integralidade na assistência e equidade no serviço. Com esses avanços no acesso, é possível diagnosticar novos casos de neoplasias com maior agilidade e menor subnotificação de óbitos por câncer, porém, os pacientes continuam sofrendo com a demora na procura de diagnóstico pelo fato do território ser muito extenso e somente uma unidade de referência. É notório e bastante difundido pela ciência que prevenção, diagnóstico precoce e o tratamento oportuno, são as chaves para o prognóstico positivo de pacientes acometidos por câncer, atualmente essa tríade tem melhorado na região, porém muito longe de alcançar patamares aceitáveis que venham refletir em reduções significativas entre os casos confirmados de câncer e a redução de óbitos por câncer. Considera-se como importante fator na promoção e prevenção da saúde, ações e campanhas que visam o incentivo e a orientação da população

Palavras-chave


Amazônia; Câncer; Território