Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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VIVER SUS BAHIANA: A Rede balança, mas não cai!
GERFSON MOREIRA OLIVEIRA, LARISSA RIBEIRO LIMA, CAROLINA MIRANDA MORAES, SARAH COELHO, LAVINIA BOAVENTURA SILVA

Última alteração: 2017-12-27

Resumo


INTRODUÇÃO: O ensino em saúde deve se dar de modo que as vivências e discussões abranjam aspectos da realidade, pautado nos contextos e diversidades dos indivíduos e comunidades.  Nesse sentido, acredita-se que as experiências são mais ricas quando alicerçadas na interdisciplinaridade, na construção coletiva em rede e no cotidiano dos serviços, trabalhadores, usuários, considerando a dinâmica do território vivo no processo saúde-doença-cuidado. A experiência do “VIVER SUS BAHIANA” surgiu em 2016, na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), englobando diversos dispositivos de saúde em Salvador-Ba. OBJETIVO: Proporcionar ao estudante da EBMSP, vinculado ao Projeto de Extensão Redes Candeal (RC), experiências de imersão na Rede de Atenção à Saúde e na Rede de Atenção Psicossocial da cidade, afim de proporcionar contato direto com o Sistema Único de Saúde (SUS), o trabalho interdisciplinar em rede e noções de gestão em saúde. Permite compreender a rede para além da noção de encaminhamentos do sujeito, mas frisando a possibilidade de invenção e transformação a partir desse formato de cuidado. METODOLOGIA: As vivências ocorreram por duas semanas, em tempo integral. Abrangeram participação em reuniões de equipe, observação das práticas assistenciais, discussão de casos, visitas institucionais para compreensão dos fluxos de funcionamento dos serviços, estudo de textos, realização de oficinas e visitas aos territórios, por vezes com os próprios usuários e usuárias. Tais atividades foram acompanhadas e orientadas pelo professor e possibilitaram interação com os usuários, agentes comunitários de saúde e redutores de danos, gestores e trabalhadores. Foram desenvolvidas em Unidades de Saúde da Família, Centros de Atenção Psicossocial, Hospital, Unidade de Pronto Atendimento, Unidade de Acolhimento, Centro de Saúde, Programas complementares à RAPS e Distrito Sanitário. A proposta da vivência foi construída coletivamente entre os professores orientadores do RC, as instituições parceiras e as estudantes que constroem o Projeto. CONCLUSÃO: A proposta possibilitou a compreensão da complexidade, potencialidade e desafios do trabalho em rede a partir da relação com profissionais, usuários e territórios. Para além das dificuldades e brechas (balanços da rede), foi possível constatar a sua resolu­tividade a partir dos braços que a compõem e sustentam, impedindo-a de cair e comprovando a necessidade do vínculo como chave para o cuidado, devendo ser compartilhado e baseado na autonomia e protagonismo do sujeito. A imersão possibilitou a extrapolação dos muros da faculdade, reforçou a importância da interdisciplinaridade e do fortalecimento do SUS, demarcando de fato a potência e necessidade do trabalho em rede para produção do cuidado em saúde.


Palavras-chave


cuidado em rede, trabalho interprossional, formação em saude