Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
Classificação de risco de vulnerabilidade biológica e social de famílias com cobertura da Estratégia Saúde da Família em Tefé - AM
Thayana Oliveira Miranda, Edinilza Ribeiro dos Santos, Frandison Gean Souza Soares

Última alteração: 2017-12-28

Resumo


Introdução. A Atenção Primária à Saúde (APS) desenvolvida na lógica da Estratégia Saúde da Família (ESF) tem contribuído para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). A visita domiciliar, entendida como tecnologia do cuidado multidisciplinar à família e à comunidade, é um instrumento fundamental de intervenção. Objetivo. Classificar o grau de risco de vulnerabilidade biológica e social das famílias de duas áreas da ESF da zona urbana do município de Tefé, identificando as dimensões de vulnerabilidade de maior peso para os níveis de classificação de risco das famílias avaliadas. Método. Estudo observacional transversal retrospectivo descritivo, com dados secundários, cujas fontes de informação foram as fichas do e-SUS de cadastro domiciliar e individual de duas Áreas da ESF da zona urbana do município de Tefé (N=1.333 domicílios/famílias cadastrados, sendo: área A=795 e área B=538). A coleta de dados foi conduzida em agosto e setembro de 2017. Foi utilizada a Escala de Coelho e Savassi para avaliação e classificação de risco de vulnerabilidade biológica e social das famílias, as quais foram classificadas em quatro grupos conforme pontos de corte no escore total, conforme modelo de análise proposto: Risco habitual (0-4), Risco Menor (5-6), Risco Médio (7-8) e Risco Máximo (≥ 9). Resultados.  Foi observada uma alta proporção de fichas do e-SUS incompletas e/ou com falhas (50,6%). As proporções, sobre o total de famílias cadastradas com informações que permitiram a avaliação (n=658), por categorias da classificação de risco foram: 53,5% em Risco habitual, 26,0% em Risco Menor, 13,5 em Risco Médio e 6,9 em Risco Máximo. Considerados os três níveis de risco (menor, médio e alto), a proporção de famílias em algum grau de risco foi de 46,5%, ou seja, a proporção de famílias que requerem algum tipo de intervenção. As dimensões de vulnerabilidade social e biológica que mais contribuíram para os níveis de risco mais altos foram as condições de saneamento, relação morador por cômodo, drogadição e desemprego. Considerações finais. Os resultados apontaram para a necessidade de qualificação sobre o sistema de informação e-SUS, em especial para os Agentes Comunitários de Saúde; mostraram que quase metade da população (46,5%) apresenta algum nível de risco (biológico e/ou social), demandando alguma intervenção e que os principais fatores de vulnerabilidade são modificáveis com políticas públicas intersetoriais.


Palavras-chave


Atenção Primária à Saúde; Visita Domiciliar; Enfermagem