Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Papel da assistência de enfermagem dentro da classificação dos cuidados ao paciente de alta complexidade
Antonia Irisley da Silva Blandes, Cristiano Gonçalves Morais, Géssica Rodrigues Silveira, Gisele Ferreira de Sousa, Monica Karla Vojta Miranda, Irinéia de Oliveira Bacelar Simplício, JOCILÉIA DA SILVA BEZERRA, Mariane Santos Ferreira

Última alteração: 2017-12-28

Resumo


Apresentação: O atendimento de alta complexidade é considerado aquele que envolve um grande aparato tecnológico, assim como uma equipe multiprofissional cujo intuito é desenvolver meios para que o paciente recupere sua saúde no menor tempo possível, sem danos que possam interferir na sua vida no momento que receber alta hospitalar. A hospitalização e uma experiência nada agradável ao paciente. O paciente internado na unidade de terapia intensiva pode apresentar vários distúrbios devido ao estado que se encontra dos quais podemos citar: a perda da autonomia, desequilíbrio emocional e do sono, estresse, ansiedade entre outros. A longa duração de um cliente internado pode gerar vários inconvenientes, em função do período de internação, do risco de infecção hospitalar e do aumento dos custos para a instituição. A eficácia da assistência é um componente determinante para assegurar a redução e controle dos distúrbios a que o paciente estará exposto enquanto estiver internado. Diante disso, é essencial ações conjuntas, que visem o controle e regulamentação das atividades em saúde que são importantes para identificar antecipadamente as eventualidades que afetam o paciente e dessa forma evitar outros problemas de saúde.É importante destacar que a equipe de multidisciplinar, especialmente, a equipe de enfermagem deve identificar os problemas que o paciente possa apresentar, tanto físicos quanto emocionais, intervindo de forma terapêutica, possibilitando um período de internação com as mínimas complicações possíveis. Dentre as funções do enfermeiro na unidade de atendimento de alta complexidade, destaca-se a admissão, a avaliação por meio da anamnese, exame físico e história pregressa, além de elaborar intervenções e planos de cuidado através da SAE, bem como também gerenciar a unidade. Considerando isso a assistência de enfermagem é crucial no atendimento intra-hospitalar, pois realizar a manutenção de recursos humanos, para que os cuidados feitos ao pacientes tenham qualidade. Visando a melhoria da assistência, a equipe de enfermagem passou a contar com instrumentos que permitem a classificação da complexidade dos cuidados com o pacientes, favorecendo assim a divisão dos profissionais para efetivar os cuidados ao cliente sem sobrecarregar os profissionais que trabalham na unidade de internação. A adoção de medidas desse tipo permite uma melhor gestão de recurso humanos, ponderando que a demanda de pacientes que precisam de cuidados é superior ao número de profissionais preconizado pelo ministério da saúde para realizar assistência. No Brasil, a escala de Fugulin ou sistema de classificação do paciente (SCP) é uma das classificações adotadas por alguns hospitais e visa a categorizar o grau de complexidade dos pacientes, considerando os cuidados assistências como cuidados mínimos, intermediários, de alta dependência, semi-intensivos e cuidados intensivos. Ademais considera parâmetro como a integridade cutâneo-mucosa, comprometimento tissular, curativo e tempo de utilização dos curativos. Desse modo este estudo tem por objetivo avaliar o nível de complexidade dos cuidados assistenciais em pacientes de uma unidade de terapia intensiva. Desenvolvimento: Este estudo de campo, descritivo, transversal de cunho quantitativo. O período em que ocorreu o estudo foi entre novembro e dezembro de 2017 durante o estágio supervisionado de UTI dos acadêmicos do ultimo semestre do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará. O campo de estudo foi a unidade de terapia intensiva para adultos, de um hospital considerado referência para o tratamento de problemas de saúde com alta complexidade, localizado no município de Santarém-Pará. A unidade de terapia intensiva é composta por vinte leitos, sendo dois isolamentos e dezoito leitos normais. A unidade de internação é dividida em duas alas, compreendendo dez leitos cada uma delas. Fizeram parte deste estudo apenas os pacientes internados na ala A desta unidade de internação, totalizando dez participantes. Os dados foram obtidos através de uma ficha estruturada, elaborada e preenchida pelos próprios acadêmicos, composta por seis variáveis sendo: idade, sexo, tempo de internação, patologia, cidade de domicílio e o score de Fugulin ( sistema de classificação do paciente).Optou-se por utilizar essa ficha de classificação pois tem como finalidade avaliar cada um dos pacientes considerando parâmetros importantes que permite   traçar o plano de cuidado destinados a cada paciente através do grau de complexidade do mesmo.A analise se deu atraves da estatística descritiva, os coletados foram tabulados e analisados no software Excel 2016. Resultados e/ou impactos: Observou-se que a média de idade dos participantes foi de 59 anos, quanto ao sexo 60% são do sexo feminino, em relação à cidade de domicílio 60% não eram de Santarém, quanto ao período de internação varia entre 5 dias e 149 dias, sendo que 70% dos pacientes apresentavam tempo de internação superior a 30 dias.Diante disso, é sabido que o fato de está em outra cidade interfere no bem estar psíquico do paciente, principalmente para pacientes do sexo feminino, tendo em vista que devido a continuidade tratamento se viu forçada a deixar sua casa, família e filhos em outra cidade. Ademais, isto influência diretamente na resposta do organismo deste paciente, considerando que a família é um dos principais pilares no que diz respeito ao apoio emocional e amparo psicológico na luta contra o seu estado patológico.Em relação à doença 100% dos pacientes estavam acometidos por mais de duas patologias graves, sendo que 60% apresentavam insuficiência renal aguda e 40% insuficiência cardíaca, e isso demonstra o quanto se faz necessário a assistência da equipe de enfermagem,haja vista que são doencas que requerem do profissional enfermeiro uma atenção maior e cuidado mais especifico, uma vez que qualquer falha pode causar danos irreversíveis ou até o óbito do paciente.Quanto a classificação de complexidade 70% foram classificados em cuidados intensivos e 30% em cuidados semi-intensivos isso demonstra o quanto é fundamental o dimensionamento da equipe de enfermagem dentro da unidade de terapia intensiva,para manter o equilíbrio entre os profissionais da equipe de enfermagem e uma assistência eficaz.    Considerações finais: Os dados são contundentes em relação ao tipo de cuidado que deve ser realizado ao paciente, considerando que a maioria foi classificada como cuidados intensivos, isto se deve ao grau de comprometimento da saúde do paciente e quanto ele esta debilitado. Diante disso, torna-se fundamental a assistência de enfermagem para a melhora do paciente, tendo em vista que são estes profissionais os responsáveis de elabora um plano terapêutico cuja a finalidade é melhorar a saúde deste paciente.Em relação ao tempo de internação é fundamental o papel da família para a recuperação do paciente através de visitas e o apoio emocional , uma vez que pacientes que encontram-se a mais de um mês internados estão mais suscetíveis a desenvolver problemas psicológicos,infecção hospitalar,além da piora do quadro patológico.Outro ponto a ser considerando está relacionado a escala de Fugulin ou sistema de classificação do paciente (SCP), uma vez que este instrumento viabiliza uma melhor distribuição de insumos e recursos humanos dentro da unidade,oportunizando ao cliente uma melhor assistência e a equipe enfermagem o equilíbrio evitando a sobrecarga de alguns profissionais. No entanto é essencial que em pesquisas futuras procure associar a classificação do paciente com contingente de enfermeiros assistencialistas da unidade, tendo em vista que apesar da escala de Fugulin ser um instrumento muito bom por ajuda a gerenciar os cuidados na unidade de nada adianta se o número de trabalhadores for muito inferior ao preconizado pelo ministério da saúde e pelo COFEN.


Palavras-chave


assistência; enfermagem; unidades de terapia intensiva