Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A Telegestão como ferramenta de apoio no cotidiano de gestores para tomada de decisão na Atenção Primária a Saúde no estado da Bahia.
THIAGO GONÇALVES DO NASCIMENTO PIROPO, HELENA OLIVEIRA SALOMÃO, JULIANA LAMOUNIER ELIAS

Última alteração: 2018-05-28

Resumo


Apresentação: As grandes dimensões geográficas do estado da Bahia, com 3.612 Equipes de Saúde da Família da Atenção Básica (AB) implantadas e com cobertura estimada em 72,58% da população, requerem um olhar atento às especificidades territoriais e investimentos criativos para apoiar gestores de saúde. Desta forma, a oferta de teleconsulorias se configura como importante recurso de apoio remoto (Telegestão) a gestores municipais e coordenadores da AB, com o objetivo de esclarecer dúvidas relacionadas ao processo de trabalho, na análise de informações em saúde, planejamento e organização, avaliação das ações de saúde, além de uma potente ferramenta para educação permanente e fortalecimento da equipe técnica.

Desenvolvimento: A Telegestão se dar a partir da solicitação de uma teleconsultoria realizada por profissionais que atuam na gestão/coordenação da AB e cadastrados no Plataforma Nacional de Telessaúde. É definida como uma consulta registrada e realizada entre trabalhadores, profissionais e gestores da área da saúde, por meio de instrumentos de telecomunicação bidirecional e oferta respostas qualificadas, baseadas em evidências científicas e adequadas às características loco-regionais. As teleconsultorias podem se dar de duas formas: síncronas (on line), onde é possível promover a discussão em tempo real; e assíncronas (off line), onde a questão enviada pelo solicitante é posteriormente respondida pelo teleconsultor (profissional no Núcleo) em até 72 horas. Considerando as deficiências da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e a multiplicidade epidemiológica, a adoção de práticas e posturas na perspectiva de superação de problemas com vistas à melhoria na qualidade nos serviços, como a Telegestão, passa a ter um papel estratégico no fortalecimento da APS tornando esta, mais resolutiva. Como exemplo, temos o apoio a gestores, em tempo oportuno, aos programas e ações prioritárias do Ministério da Saúde na implantação do e-SUS AB e SIS AB, Programa Saúde na Escola, Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, dentre outros.

Resultados: Com o incremento da oferta, a partir de outubro de 2016, 35% dos municípios baianos tem seus gestores cadastrados e solicitando teleconsultorias. Neste período, 463 teleconsultorias já foram realizadas por estes profissionais e o Núcleo tem investido em novas ofertas para divulgação e fidelização dos gestores como solicitantes, promovendo reuniões e treinamentos em espaços colegiados de tomada de decisão, além de envolver setores como COSEMES, CIR, CIB e a própria Diretoria de Atenção Básica estadual na promoção do serviço.

Considerações finais: Apesar da potencialidade de apoio e aprimoramento das práticas, a partir de investimentos em tecnologias da informação e comunicação no SUS, principalmente pelo uso da telegestão, a adesão à oferta é gradual nas práticas de gestão nos municípios no Estado. Muito embora, considera-se como fator limitante a rotatividade de gestores no cenário baiano neste período.


Palavras-chave


TELESSAÚDE, GESTÃO, SISTEMA DE INFORMAÇÃO