Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PRÁTICAS DE CUIDADO PARA MULHERES PARTURIENTES: DESAFIOS DA HUMANIZAÇÃO EM UM HOSPITAL NO PARÁ
Auzy Cleyce Costa Sousa, Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira, Edna Abreu Barreto, Maria Lúcia Chaves Lima

Última alteração: 2017-12-28

Resumo


No Brasil, as práticas de cuidados com a saúde da mulher na gestação, parto e puerpério vem sendo modificada em grande medida, motivada pela intensa pressão dos movimentos feministas e pela grande taxa de morbimortalidade materna, que mesmo com todas as políticas públicas existentes, ainda não se efetivaram suficientemente como cuidado que compreende às mulheres como protagonista. Nesta pesquisa foi analisado quais dispositivos de humanização são identificados como práticas de cuidado para puérperas em um hospital no interior do Pará, além disso, foi investigado de que forma as usuárias percebem esses dispositivos de humanização no cuidado hospitalar. Foi utilizada como caminho metodológico a pesquisa qualitativa, na qual há um diálogo mais profícuo com a produção de subjetividade e da intersubjetividade, que dialoga de forma frutífera com o objeto pesquisado.  O trabalho de campo foi realizado em um hospital conveniado ao SUS, em um município no nordeste paraense. Este hospital possui um total de 96 leitos, sendo 23 para obstetrícia. Foram utilizados como instrumentos de pesquisa a entrevista semi-estruturada e a observação do ambiente e das relações de trabalho que compuseram o diário de campo. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dezesseis puérperas entre 18 e 39 anos internadas no hospital. A análise dos dados foi realizada a partir da organização em eixos temáticos construídos com base nos aspectos mais relevantes encontrados no trabalho de campo e no resultado das entrevistas. Com a análise das entrevistas e observações, pode-se verificar que muitos dos dispositivos da humanização eram percebidos pelas mulheres no cuidado hospitalar, porém em grande parte dos casos sem saberem ao certo que tinham direitos a essas práticas, ou mesmo que determinadas práticas de maus cuidados, historicamente realizados, não são recomendados pelas políticas públicas na atualidade. A autora considera que de maneira geral, o hospital se encontra na rota de adequação às recomendações às diretrizes, todavia, ao se falar em um hospital em plena adequação, se percebe o interesse em melhorar seu atendimento e cuidado para as mulheres e suas famílias.


Palavras-chave


cuidado, parto, humanização, mulheres, obstetrícia