Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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NASCE UMA CASA DE PARTO: UMA EXPERIENCIA PÚBLICA NA AMAZONIA PARAENSE
Auzy Cleyce Costa Sousa, Danielle Rêgo Gonçalves

Última alteração: 2017-12-26

Resumo


O objetivo deste trabalho é apresentar a experiência de funcionamento do Centro de Parto Normal (CPN) do município de Castanhal-Pará. O CPN faz parte da política Rede Cegonha, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS) do Ministério da Saúde no componente Parto e Nascimento, onde encontramos incentivos como: atenção humanizada ao parto e nascimento; respeito ao parto como experiência pessoal, cultural, sexual e familiar, fundamentada no protagonismo e autonomia da mulher, que participa ativamente com a equipe das decisões referentes ao seu parto. O CPN surge a partir da concepção não somente de desafogar os hospitais, mas de ter uma nova opção de escolha para as mulheres usuárias do SUS, que desejam ter um parto menos medicalizado e mais adequado as boas práticas de atenção ao parto. O CPN em Castanhal foi inaugurado no dia 30 de junho de 2016, e conta com uma equipe de 13 (treze) enfermeiras obstetras, 9 (nove) técnicas de enfermagem, além da equipe de limpeza e recepção. O CPN apresenta uma estrutura de cinco suítes de parto (PPP), sendo que uma possui banheira para partos na água. Todas as suítes dispõem de banqueta de parto, espaldar, bolas suíças, cavalinhos, barra de ling, espaço solare, além de chuveiro elétrico para técnicas não farmacológicas para alívio de dor. Cada parturiente fica em uma suíte desde sua admissão até a alta, juntamente com seu bebê. Os resultados preliminares desta experiência são bastante animadores, considerando a cultura medicamentosa e de parto cesárea que temos em nosso estado. O índice de episiotomia foi de 0% até o momento; com grau de laceração que varia de sem laceração, primeiro e segundo grau, 96% dos partos ocorreram na posição vertical; todas as parturientes tiveram acompanhantes de sua escolha, nenhum parto com analgesia, somente técnicas não farmacológicas para alívio de dor. Nesse sentido, observa-se que é possível termos experiências exitosas em partos humanizados de baixo risco, acompanhados por enfermeiras obstetras na rede pública de saúde.

 


Palavras-chave


Casa de parto, obstetrícia, parto humanizado.